segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

De Chiang Mai a Nan


O Museu Nacional de Nan

De Chiang Mai a Nan os kilometeros não se notam tal é a qualidade da estrada e a sua beleza. A estrada é larga, duas faixas, com curvas bem desenhadas e com vários pontos de interesse para além de ter uma vegetação bastante bonita.

Nan é uma das províncias menos povoadas da Tailândia com menos de 500.000 de pessoas e a sua capital pouco mais terá do que 25.000 habitantes. Faz fronteira a norte e este com o Laos e é extremamente montanhosa. A oeste faz fronteira com a província de Phayao e Phrae e a sul com Uttaradit. Nan só em 1931 é que Nan se integrou completamente no Reino do Sião (o nome Tailândia só é adoptado em 1939) e a história dos seus governantes pode ser vista no Museu Nacional de Nan. A actual família Na Lampang são descendentes do último Governador da província. Mesmo a integração de Nan como um dos "estados Lanna" não foi sempre pacífica. O isolamento, devido á geografia da região, fez com que Nan sempre fosse um "reino" separado e independente com poucas relações com os seus vizinhos. Foi ainda recentemente lugar de acolhimento de movimentos separatistas.

Banhada pelo rio Nan a cidade é extremamente afável e toda ela se percorre a pé sem grande dificuldade. Como todas as cidades de província aqui, por volta das 10 da noite está vazia pois no dia seguinte de manha há que trabalhar ou ir para a escola cedo. As escolas são através da vida dos seus alunos, sempre de farda, uma componente essencial da Tailândia.

Com sempre vários templos embelezam a cidade mas a grande atracção será sem dúvida o Museu Nacional e neste, para além de toda a história das várias fases porque passou Nan, dois dentes de marfim escuro, tipo muito raro encontrado no passado em elefantes na região.

Outra faceta interessante, e atenta a dimensão e isolamento da cidade, foi encontrar um ponto de encontro de arte para a juventude, o Milk Club, escola de artes plásticas e de lazer das gentes jovens de Nan. Na rua em frente os desenhos dos alunos encostavam-se aos muros dando cor e alegria a esta cidade. Lá dentro um mundo de tudo e nada. Objectos que cada um trazia deixados ao acaso faziam a decoração

No caminho para Nan uma paragem numas termas de água quente onde está em construção um super (pelo menos no tamanho) Spa, e para surpresa encontro um vinho feito numa produção de Chiang Mai com um título que me chamou a atenção "Portugues" e por baixo


dizia feito 100% com uvas. Lá comprei duas garrafas para experimentar e posso garantir que na realidade se trata de 100% uva só que pouco vinho. Está mais para o lado do sumo de uva do que para o do vinho, contudo não mata ninguém e é sempre bom ver o nome de Portugal por paragens tão distintas. De igual modo em Nan, na estação da Polícia estava um grupo de jovens a jogar á bola e um usava uma camisola da nossa selecção e outro uma do Cristiano Ronaldo do Manchester.

Depois das termas e ainda em transito para Nan, paragem e almoço em Phayao bem junto ao grande lago o Kwan Phayao, um almoço de peixe como não poderia deixar de ser.

Phayao não mereceu grande atenção. Uma volta pela cidade especialmente ao longo do lago e visita ao templo principal Wat Si Khom Kham, onde se encontra a maior imagem de Budha em território Lanna.

Phayao é como Nan um província pequena em habitantes e montanhosa.

E assim se passou mais um dia neste périplo pelo norte.

Entretanto a política na Tailândia vai indo calma com bons sinais para o futuro Ainda hoje estive durante toda a manhã, e almocei, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros e pude constatar as intenções deste governo em levar por diante a credibilização do país na cena internacional fazendo cumprir a lei e estabelecendo normas claras sobre as questões que têm atormentado o país. Agora pede-se que ás palavras sejam coladas as acções necessárias para as tornar realidade.

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