Na realidade ainda não regressou ao país e mesmo há muitos dias que nada é relatado acerca dele o que só reforça a ideia que parece haver algo que corre nos corredores sobre a possível amnistia que estará em preparação.
No momento da constituição do actual Governo referi ser ele um produto de três mentes: Anupong, Shutep e Nevin aos quais Abhisit ofereceu a face para ser a parte visível do icebergue. Na realidade todos têm relações com o fugitivo ex PM. Anupong foi seu colega na Academia Militar, ou seja camaradas de armas. Quando a mãe de Suthep morreu Thaksin foi o primeiro a estar junto do seu rival e desde esse momento ficou um respeito sempre manifestado pelo agora Vice-Primeiro Ministro. Nevin era, será que não continua a ser, o numero dois de Thaksin.
Na realidade confirma-se haver agora um novo protagonista, alguém que tem estado na sombra desde há uns tempos mas que emerge de uma forma clara de novo no panorama político. Refiro-me ao General Sondhi Bunyaratglin o líder do golpe de estado de 2006 que pôs fim à governação de Thaksin.
É sabido que apesar das divergências os dois mantém uma relação cordial e têm jogado várias vezes golfe depois de Sondhi ter passado á reserva. Ainda não há muito tempo foram vistos os dois no Médio Oriente, para onde o General se desloca frequentemente, em amena confraternização. Sondhi afirmou mesmo a sua simpatia por Thaksin numa entrevista dada faz tempos ao jornal The Nation.
Agora o General anunciou o seu retorno à vida política activa visto, e segundo as suas palavras, não ter completado o trabalho que iniciou com o golpe de Setembro de 2006.
Nesse sentido criou um Partido político Bhum Jai Thai Party, que diz não querer liderar mas somente servir como Secretário Geral e também que financiará do seu bolso (sic) o desenvolvimento do Partido. Sempre se falou nos "mentideros" sobre a origem dos dinheiros de Sondhi de alguma forma ligando-os a Thaksin.
Agora espantemo-nos quem vai aderir a esse partido e quais são os nomes tidos como candidatos á sua liderança.
Os primeiros aderentes a esse Partido são o chamado grupo dos "Amigos de Nevin", ou seja o conjunto de, actualmente, cerca de 40 Deputados que Nevin Chidchob controla. Logo após o golpe Nevin acusou publicamente o General de lhe ter roubado tudo e o obrigar a voltar para casa em cuecas.
O impune Nevin apresenta o novo Partido
Para lideres Dr Somkid Jaturispitak, antigo Vice-Primeiro Ministro e lider do team económico de Thaksin, Somsak Thepsuthin outro antigo Ministro de Thaksin e o actual Ministro da Defesa, um protegido de Sondhi e Chaovarat Chanweerakul, o actual Ministro do Interior e ex PM Interino, ex Vice-Primeiro Ministro, ex Ministro do Comércio e ex Ministro da Saúde, isto tudo nos governos do PPP em 2008. Resta acrescentar que os dois primeiros estão como Thaksin e como Nevin, proibidos de actividade política (não é que Nevin se importe muito, mas como se viu pelo caso das árvores da borracha agora está bem protegido) em virtude da dissolução do antigo Partido Thai Rak Thai, "pai" do PPP e "avô" do PTP o novo Partido, agora na oposição.
Tudo isto não passa de balões que são lançados para testar a capacidade de avançar com um processo de amnistia para todos os políticos banidos do exercício de direitos políticos (incluindo ou não Thaksin) mas é pelo menos grande fonte de especulação o ver-se tão grandes inimigos, pelo menos para consumo externo, associarem-se com um objectivo que é pouco claro.
Entretanto as irmãs de Thaksin irão estar presentes na reunião do PTP para mostrar que o "Chefe" não os abandonou ou será mais uma cortina de fumo nesta tão complexa teia que se tem vindo a montar desde que o trio que referi ao início tomou o poder.
Só para finalizar há que referir que por detrás disto tudo estão os 76 mil milhões de bath, cerca de 1.8 mil milhões de Euros, de Thaksin que continuam congelados na Tailândia. Existe um processo para a nacionalização destes bens e o julgamento já foi adiado por três vezes, duas delas já com os Democratas no poder - 25 de Dezembro e 2 de Janeiro. Está agora agendado para 27 de Março.
Especulando, penso que há alguma vontade de devolver uma parte a Thaksin, redistribuíndo o restante pelos protagonistas em cena, a troco da sua rendição, ou seja do aceitar dos processos e o retorno ao país para cumprir uma pena simbólica.
Os sinais são por demais evidentes.
Entretanto Abhisit começa hoje a sua campanha de marketing com o discurso no FCCT. Amanhã será no Centara Grande e Segunda no Dusit Thani. Tal e qual Thaksin usava fazer desdobrando-se em eventos públicos onde fazia passear os seus dotes de orador e calar todos aqueles que o queriam criticar. Abhisit vai por certo enfrentar um conjunto de perguntas difíceis (sei já de algumas preparadas para esse efeito) sobre os casos da liberdade de imprensa que estão neste momento num ponto alto como a política de encerramento de sítios considerados abusivos (já vai em mais de 4.000, qual China) e os julgamentos em curso de três proeminentes figuras da comunicação social e da universidade.
Tudo isto não passa de balões que são lançados para testar a capacidade de avançar com um processo de amnistia para todos os políticos banidos do exercício de direitos políticos (incluindo ou não Thaksin) mas é pelo menos grande fonte de especulação o ver-se tão grandes inimigos, pelo menos para consumo externo, associarem-se com um objectivo que é pouco claro.
Entretanto as irmãs de Thaksin irão estar presentes na reunião do PTP para mostrar que o "Chefe" não os abandonou ou será mais uma cortina de fumo nesta tão complexa teia que se tem vindo a montar desde que o trio que referi ao início tomou o poder.
Só para finalizar há que referir que por detrás disto tudo estão os 76 mil milhões de bath, cerca de 1.8 mil milhões de Euros, de Thaksin que continuam congelados na Tailândia. Existe um processo para a nacionalização destes bens e o julgamento já foi adiado por três vezes, duas delas já com os Democratas no poder - 25 de Dezembro e 2 de Janeiro. Está agora agendado para 27 de Março.
Especulando, penso que há alguma vontade de devolver uma parte a Thaksin, redistribuíndo o restante pelos protagonistas em cena, a troco da sua rendição, ou seja do aceitar dos processos e o retorno ao país para cumprir uma pena simbólica.
Os sinais são por demais evidentes.
Entretanto Abhisit começa hoje a sua campanha de marketing com o discurso no FCCT. Amanhã será no Centara Grande e Segunda no Dusit Thani. Tal e qual Thaksin usava fazer desdobrando-se em eventos públicos onde fazia passear os seus dotes de orador e calar todos aqueles que o queriam criticar. Abhisit vai por certo enfrentar um conjunto de perguntas difíceis (sei já de algumas preparadas para esse efeito) sobre os casos da liberdade de imprensa que estão neste momento num ponto alto como a política de encerramento de sítios considerados abusivos (já vai em mais de 4.000, qual China) e os julgamentos em curso de três proeminentes figuras da comunicação social e da universidade.
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