domingo, 1 de junho de 2008

O dia de ontem


No meio de toda a tensão existente desde há uns dias o Primeiro Ministro, Samak Sundaravej, não achou nada melhor que anunciar logo de manhã na televisão de que a Polícia iria desalojar pela força os manifestantes "já que ( depois do recuo do Governo ) não havia mais razão para a manifestação".

Como se diz em bom português: o que foi ele dizer!!. Atirou álcool para a fogueira e as coisas estiveram bastantes quentes até este manhã quando ele veio "pedir desculpa" e, embora reafirmasse a necessidade de a ordem ser reestabelecida, disse que o Governo não usará a força para tal.

Ontem chegaram a ser enviadas para a capital forças militares com medo de que a polícia não chegasse para dar conta do recado. Como sempre acontece neste país a tensão abrandou e parece que nos próximos tempos vamos assistir a um regresso das forças em confronto aos seus lugares de partida.



Qual 25 de Abril

Já se diz que golpe só em Setembro. altura em que são, anualmente feitas as mexidas nas estruturas militares.

Como se vê há sempre tempo para brincar com a situação mas um dia os tailandeses ainda se magoam.

Os mais antigos poderiam lembrar-se da história em que por duas vezes já houve confrontações que acabaram por derramar algum sangue e isso é por certo o mais indesejável num país que quer continuar a estar na vanguarda do desenvolvimento no Sudoeste Asiático.

Tudo isto se passa num cantinho desta enorme metropole e se não se ouvir as noticias, se não se tiver nenhum amigo mais atento que nos telefone, ou algum pai mais nervoso e preocupado, não sabemos de nada. Ontem mesmo resolvi ir atè "ao local do crime", isto ainda antes da ameaça do PM, e a situação era mais parecida com a que se vive numa feira do que numa manifestação política.

A única coisa que notei ontem de diferente é que pela primeira vez, ao encher o depósito de gasolina do carro paguei, 2.000 bath ( cerca de 40€ ) quando ainda não há muito tempo pagava 1.300-1,500.

Isto, aliado à subida do preço dos produtos alimentares, é, sim, o que preocupa os Tailandeses.

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