quinta-feira, 29 de maio de 2008

PAD vs DAAD


Estive dois dias ausente em Phnom Pehn, uma cidade ainda com muitos traços do seu passado colonial mas também do passado recente das violências cometidas pelos Khmer Rouges aí incluída a miséria presente por todo o lado. A par dessa miséria vê-se na capital do Cambodja mais Lexus do que em qualquer parte do, meu, mundo.

Contudo vê-se igualmente como esta nação é jovem e com futuro como acontece por toda a Ásia.

Dois dias ausente mas dois dias em que pouco ou nada se alterou na situação politica em Bangkok. A manifestação do People Alliance for Democracy (PAD) contra o Governo, já não pedindo somente a retirada da proposta de revisão constitucional mas acrescentando a da demissão do próprio Governo, continua, e as forcas policiais preparam-se para, amanhâ, Sexta-feira, enfrentar um fortalecimento dessa mesma manifestação.

Entretanto do outro lado a Democratic Alliance Against Ditactorship (DAAD), está atenta e vigilante e promete mobilizar as forças da província, seu feudo principal, se o PAD tomar iniciativas mais radicais.
A confrontação entre estes dois grupos tem todas as condições para escalar para além do previsto e o ambiente é em muito semelhante ao existente antes do golpe de Setembro de 2006.

Outros acontecimentos relacionados fazem subir a tensão que se vive no espectro politico. Os lideres militares reuniram-se ontem, com excepção do General Anupong (CEME) cuja mãe faleceu ontem mesmo, e o CEMA disse "estar cansado" com a situação. Por outro lado o DAAD pediu ao Primeiro Ministro, que também é Ministro da Defesa, que destituísse dois Generais que disseram publicamente que o Exército deveria usar a força para resolver os problemas do país. Entretanto é esperada amanhâ a chegada ao país do General Prayut, comandante da primeira Divisao do Exército, a força mais importante do país e que está aquartelada ao norte da capital. O General decidiu encurtar a sua visita á Europa a pedido dos comandos militares.

Todo este relato parece alarmista, e na verdade a bolsa caiu e quer o Governador do Banco da Talândia quer o Ministro das Finanças falaram do efeito da instabilidade politica na economia do país, mas o clima na cidade é de total calma e, a vida a mesma.

O comum dos Bangkokianos se for perguntado não pensa nada nem de bem nem de mal sobre a situação a não ser de que os preços estão caros e portanto a vida mais dura.

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