Confrontações em Bangkok

O People Alliance for Democracy (PAD), o grupo, que não sendo um partido político mas uma força de contra poder esteve na primeira linha da luta contra o antigo Primeiro Ministro Thaksin, lançou uma ofensiva contra o novo Governo e desde ontem que ocupa a zona em frente ao edifício da Nações Unidas em Bangkok.

O principal motivo é a luta contra o projecto de revisão constitucional que, dizem, é feito com o único objectivo de segurar no poder a coligação lá instalada. Na realida, e visto de uma óptica independente, a Constituição deve ser revista pois ela própria foi feita com o objectivo de manter as forças pró Thaksin fora do poder.

A manifestação contará com cerca de 10.000 pessoas e ontem mesmo movimentos pró Governo entraram em confronto com o PAD tendo sido registados 56 pequenos feridos visto se terem entretido a lançar garrafas e pedras uns aos outros enquanto um forte contingente de polícia assistia.

Desde que se sentou no poder que o actual Governo não consegue estabilidade quer interna quer externa. As lutas dentro da colicação e dentro do próprio partido dominante, têm enfraquecido extraordinariamente a sua produção. Para além disso os casos dentro do Governo são tantos e tão constantes que lhe enfraquecem a imagem e o poder de se afirmar. O próprio Primeiro Ministro não ajuda muito pois, sendo uma figura extremamente controversa, especialmente pela rudeza da sua linguagem, (o Pinheiro de Azevedo era um aprendiz ao pé deste), nunca consegue transmitir nada de positivo do que o Governo faz, e algumas coisas tem feito. e isto apesar de ter um talk-show todos os fins de semana na TV.

Como sempre na Tailândia logo se fala em mais um golpe militar e o CEMFA já veio, pela milionésima vez, desmentir que houvesse algum plano para tal. Pelo sim pelo não o PM sempre que sai para visitas ao estrangeiro leva-o consigo não lhe vá acontecer o mesmo que com Thaksin que aproveitaram ele estar em Nova Iorque para lhe enviarem a guia de marcha.

Entretanto a vida continua com total normalidade nesta metrópole de 10 milhões de pessoas e o que mais interessa é o custo do combustível e do arroz. O resto é para os políticos.