quarta-feira, 21 de maio de 2008

Burma



Este cartoon, hoje publicado no jornal The Nation é demonstrativo da situação que ainda se vive no país apesar da crescente pressão da comunidade internacional

A ASEAN estabeleceu um grupo coordenador da ajuda a Burma e hoje mesmo o Secretário-Geral da UN, Bann Ki-Moon está a caminho de Yangoon onde, para além de pressionar as autoridades locais, participará numa conferencia de doadores a ter lugar até ao fim de semana.

Ontem os helicópteros das Nações Unidas foram autorizados a sobrevoar as zonas afectadas e lançar pacotes de viveres. Ainda não é possível aterrarem para prestarem apoio directo mas é, como o cartoon mostra, mais uma pequena ajuda que vai chegando ás populações entrando pela estreita porta aberta pelas autoridades.

A conferencia de dadores irá discutir o futuro que neste momento é a maior preocupação visto pouco ou nada haver para salvar. O futuro passa pela reconstrução de toda a zona afectada aí incluída a questão agrícola.

O delta do Yrawaddy é o principal fornecedor de arroz para o país e todos os campos estão destruídos e sem capacidade de recuperação.

O arroz é a base da alimentação em Burma, e o facto da sua escassez aliado ao problema dos preços terem já triplicado desde o inicio do ano, torna urgente encontrar soluções para alimentar os cerca de 2 milhões de deslocados para além dos outros 53 milhões de habitantes do país.

Fala-se na necessidade de 10 mil milhões de dólares para a reconstrução das zonas afectadas mas para alem da exorbitancia da verba coloca-se o problema da sensibilidade politica da questão.

Se os doadores conseguirem encontrar os fundos como é que a sua aplicação será feita sem que isso seja aproveitado pela Junta para continuar a sua politica de terror no pais?

A esta questão a comunidade internacional tem de saber responder com decisão mas essa resposta não vai ser fácil de encontrar.

2 comentários:

Anónimo disse...

"Fala-se na necessidade de 10 biliões de dólares...para alem da isorbitancia..." Acredito que quem está fora do país e se vê obrigado a exprimir-se a maior parte das vezes em inglês ou outra língua, acabe por ter este tipo de distracções. Não sendo minha intenção criticar, gostaria de relembrar que biliões não existe em Português, assim como não existe a palavra isorbitancia. Deve-se dizer 10 mil milhões e deve-se escrever exorbitância.
Melhores cumprimentos,

Unknown disse...

Obrigado pelas suas correcoes ( ja agora aviso que este computador onde escrevo agoar ano tem caracteres Porugueses instalados )