O rescaldo das eleições vai-se fazendo com suavidade e sem sobressaltos. A bolsa de Bangkok registou ontem a sua maior subida de há vários anos, 4.9%, mostrando bem a confiança que os investidores depositam de que o país possa entrar num período de maior pacificação.
Para além de alguns, poucos, que não gostam de democracia e que continuam a "chorar" a perda do partido Democrata a grande maioria está de volta ao trabalho porque quem tem agora que suar são aqueles a quem o povo determinou dar um mandado para dirigir o país. O povo cumpriu o seu dever, votar, escolheu e agora tem de seguir o desenvolvimento dentro dos princípios de civilidade que se conhecem através das práticas democráticas. No próximo acto eleitoral de novo julgará aqueles que governam e aqueles que fazem oposição.
A presumível PM tem estado reunida com os parceiros da coligação e já ficou assente a distribuição dos lugares embora ainda não haja referência a nomes para os vários ministérios.
Fui informado há bem pouco, por um elemento do seu gabinete, que o que esteve até agora em cima da mesa foi a discussão das políticas base da coligação, a plataforma de entendimento e o número de lugares que caberia a cada um dos parceiros no governo a formar.
A partir de amanhã então serão discutidos os nomes que cada partido pretende indicar para formar o governo.
A comunicação social, como é natural e compreensível, não para de lançar nomes para o ar. O que se sabe é aquilo que relatei e a informação também de que não haverá nenhum elemento da liderança dos camisas vermelhas na composição do novo governo. Aliás ontem a líder da UDD, parece que o mundo na Tailândia passou para as mãos das mulheres visto a Dr. Thida ser quem lidera o movimento, anunciou que a organização estava satisfeita com os resultados das eleições de Domingo mas que não iria baixar as mãos pois a luta deles é pela justiça e continuarão a exigir saber quem são os verdadeiros responsáveis pelas mortes de Abril/Maio de 2010 e querem que os "prisioneiros políticos" sejam libertados.
Entretanto a Comissão Nacional de Eleições continua o seu trabalho de apuramento e deverá anunciar ainda hoje a totalidade dos votos registados e a sua distribuição ainda que tais resultados não sejam oficiais ainda.
Os partidos concorrentes têm 7 dias para apresentar reclamações que a própria ECT julgará (um dos pontos fracos do sistema eleitoral tailandês é o facto de as decisões da ECT não serem passíveis de apelo para o Tribunal Administrativo). Tanto quanto é sabido até agora há a possibilidade de serem "mostrados" 5 cartões vermelhos que irão desqualificar os candidatos impedindo que voltem a concorrer (se o cartão for amarelo o candidato perde o lugar mas pode voltar a candidatar-se) e fala-se muito na possibilidade de dissolução do partido Bhum Jai Thai de Nevin Chidchob. Na ECT, já no passado dia 24 de Junho, estava registada uma infracção grave na província de Buriram envolvendo um executivo do partido
Enfraquecer este partido e ao mesmo tempo cimentar a coligação no poder irá por certo ser uma das tarefas do Pheu Thai. Thaksin e os seus apoiantes não esquecem Nevin, apelidado de traidor (era o braço direito do ex PM). O BJT já sofreu uma forte derrota tendo ficado a menos de metade daquilo que o próprio Nevin tinha predicto mas estou convicto que o Pheu Thai tudo irá fazer para seduzir deputados, que anteriormente estavam consigo e depois se passaram para o lado de Nevin, a regressar e desse modo dar a estocada final num partido já enfraquecido.
Se assim for isso irá colocar um problema ao PT pois terá de alocar alguns lugares, nesta dança das cadeiras, para aqueles que quiserem "regressar a casa".
Até ao final da semana teremos a versão final do governo e o cenário estará clarificado.
Entretanto o partido Democrata está em período de reflexão e mesmo falar com os seus executivos é difícil neste momento. Abhisit demitiu-se de líder do partido mas já começa a ouvir-se vozes favoráveis ao seu regresso nomeadamente a do homem mais influente no partido o ex PM Chuan Leekpai. Pessoalmente não me parece a melhor solução. Em política há sempre momentos em que se está no pódio e outros momentos em que se deve deixar esse lugar para outros. Nada é definitivo em política mas é necessários saber ganhar e perder e quando se perde saber esperar pois os ciclos políticos vão e vêm.
Para além de alguns, poucos, que não gostam de democracia e que continuam a "chorar" a perda do partido Democrata a grande maioria está de volta ao trabalho porque quem tem agora que suar são aqueles a quem o povo determinou dar um mandado para dirigir o país. O povo cumpriu o seu dever, votar, escolheu e agora tem de seguir o desenvolvimento dentro dos princípios de civilidade que se conhecem através das práticas democráticas. No próximo acto eleitoral de novo julgará aqueles que governam e aqueles que fazem oposição.
A presumível PM tem estado reunida com os parceiros da coligação e já ficou assente a distribuição dos lugares embora ainda não haja referência a nomes para os vários ministérios.
Fui informado há bem pouco, por um elemento do seu gabinete, que o que esteve até agora em cima da mesa foi a discussão das políticas base da coligação, a plataforma de entendimento e o número de lugares que caberia a cada um dos parceiros no governo a formar.
A partir de amanhã então serão discutidos os nomes que cada partido pretende indicar para formar o governo.
A comunicação social, como é natural e compreensível, não para de lançar nomes para o ar. O que se sabe é aquilo que relatei e a informação também de que não haverá nenhum elemento da liderança dos camisas vermelhas na composição do novo governo. Aliás ontem a líder da UDD, parece que o mundo na Tailândia passou para as mãos das mulheres visto a Dr. Thida ser quem lidera o movimento, anunciou que a organização estava satisfeita com os resultados das eleições de Domingo mas que não iria baixar as mãos pois a luta deles é pela justiça e continuarão a exigir saber quem são os verdadeiros responsáveis pelas mortes de Abril/Maio de 2010 e querem que os "prisioneiros políticos" sejam libertados.
Entretanto a Comissão Nacional de Eleições continua o seu trabalho de apuramento e deverá anunciar ainda hoje a totalidade dos votos registados e a sua distribuição ainda que tais resultados não sejam oficiais ainda.
Os partidos concorrentes têm 7 dias para apresentar reclamações que a própria ECT julgará (um dos pontos fracos do sistema eleitoral tailandês é o facto de as decisões da ECT não serem passíveis de apelo para o Tribunal Administrativo). Tanto quanto é sabido até agora há a possibilidade de serem "mostrados" 5 cartões vermelhos que irão desqualificar os candidatos impedindo que voltem a concorrer (se o cartão for amarelo o candidato perde o lugar mas pode voltar a candidatar-se) e fala-se muito na possibilidade de dissolução do partido Bhum Jai Thai de Nevin Chidchob. Na ECT, já no passado dia 24 de Junho, estava registada uma infracção grave na província de Buriram envolvendo um executivo do partido
Enfraquecer este partido e ao mesmo tempo cimentar a coligação no poder irá por certo ser uma das tarefas do Pheu Thai. Thaksin e os seus apoiantes não esquecem Nevin, apelidado de traidor (era o braço direito do ex PM). O BJT já sofreu uma forte derrota tendo ficado a menos de metade daquilo que o próprio Nevin tinha predicto mas estou convicto que o Pheu Thai tudo irá fazer para seduzir deputados, que anteriormente estavam consigo e depois se passaram para o lado de Nevin, a regressar e desse modo dar a estocada final num partido já enfraquecido.
Se assim for isso irá colocar um problema ao PT pois terá de alocar alguns lugares, nesta dança das cadeiras, para aqueles que quiserem "regressar a casa".
Até ao final da semana teremos a versão final do governo e o cenário estará clarificado.
Entretanto o partido Democrata está em período de reflexão e mesmo falar com os seus executivos é difícil neste momento. Abhisit demitiu-se de líder do partido mas já começa a ouvir-se vozes favoráveis ao seu regresso nomeadamente a do homem mais influente no partido o ex PM Chuan Leekpai. Pessoalmente não me parece a melhor solução. Em política há sempre momentos em que se está no pódio e outros momentos em que se deve deixar esse lugar para outros. Nada é definitivo em política mas é necessários saber ganhar e perder e quando se perde saber esperar pois os ciclos políticos vão e vêm.
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