O dia 23 de Junho, hoje, é um dia que vai ficar marcado na história da Tailândia e por duas razões.
Acaba de ser publicado no blog New Mandala a primeira parte de um longo ensaio sobre a Tailândia baseado nos telegramas americanos, relativos ao país, que foram dados a conhecer através do que é conhecido como Wikileaks, e que por razões que poderão entender fizeram com que o seu autor, Andrew MaGregor Marshall, o numero dois da Reuters em Bangkok tivesse de pedir a demissão abandonado o país onde por certo não poderá voltar a entrar. O jornal inglês The Independent traz hoje um texto de Marshall onde ele explica as razões para tal.
A segunda razão é o facto de o Partido Democrata realizar hoje um comício que está a levantar muitas dúvidas a muitas pessoas. Será o ponto alto da campanha em Bangkok e vai ser realizado no local onde há um ano tanto aconteceu como a morte de dezenas de pessoas e o incendiar de muitos edifícios daquela zona. Estou a falar de Rajaprasong.
Nesse comício os pesos pesados dos Democratas irão falar e Suthep disse ir revelar a "verdade" sobre o que aconteceu em Maio de 2010. Recorde-se que o PM Abhisit em Outubro de 2010 constituiu uma comissão para apurar a verdade sobre o que ali se passou e esta comissão apesar de já ter produzido três relatórios para Abhisit, diz não ter conseguido terminar o seu trabalho devido à falta de colaboração de alguns dos sectores envolvidos nos incidentes.Acaba de ser publicado no blog New Mandala a primeira parte de um longo ensaio sobre a Tailândia baseado nos telegramas americanos, relativos ao país, que foram dados a conhecer através do que é conhecido como Wikileaks, e que por razões que poderão entender fizeram com que o seu autor, Andrew MaGregor Marshall, o numero dois da Reuters em Bangkok tivesse de pedir a demissão abandonado o país onde por certo não poderá voltar a entrar. O jornal inglês The Independent traz hoje um texto de Marshall onde ele explica as razões para tal.
A segunda razão é o facto de o Partido Democrata realizar hoje um comício que está a levantar muitas dúvidas a muitas pessoas. Será o ponto alto da campanha em Bangkok e vai ser realizado no local onde há um ano tanto aconteceu como a morte de dezenas de pessoas e o incendiar de muitos edifícios daquela zona. Estou a falar de Rajaprasong.
Pelos vistos Suthep deveria ter transmitido à Comissão, nomeada pelo governo do qual é o número 2, aquilo que conhece e desse modo contribuiria eficazmente para a descoberta de toda a verdade facto essencial ao restaurar de confiança na dividida sociedade tailandesa.
Como já referi muitos sectores, inclusive do lado Democrata e da coligação que forma o Governo, já anunciaram a sua discordância temendo que o local do comício seja visto com o uma provocação e possa desencadear actos de violência que inclusive poderão levar à paragem do processo eleitoral em curso.
O partido da oposição e os "camisas vermelhos" já avisaram todos os seus apoiantes para se manterem afastados do local e não caírem em nenhuma armadilha que porventura possa estar a ser preparada por terceiras partes sempre tão interessadas em criar situações das quais se possam aproveitar.
Contudo familiares das vítimas de Maio de 2010 anunciaram que não tolerarão que Suthep venha acusar os que ali morreram de actos dos quais não são responsáveis, no entender desses familiares, que continuam a esperar que justiça seja feita.
Os ingredientes para agitadores se aproveitarem da situação estão criados e a polícia montou um forte dispositivo de segurança (sabendo-se quão eficaz isso tem sido no passado duvida-se que resulte se necessário) e o comandante do exército ordenou que os seus homens estivessem preparados subindo o nível do alerta de segurança. Foram inclusive movimentadas tropas para a capital.
Este comício tem a capacidade de ser um grande acto de Democracia, se todas as partes souberem o que é o respeito por esta forma de estar na sociedade, e assim saírem vitoriosos, quer os Democratas quer os seus opositores, ou pode acabar sendo o oposto e agravar ainda mais a divisão existente na sociedade.
Esperamos que prevaleça a primeira e que amanhã os Democratas se orgulhem do seu comício, do facto de terem transmitido a sua mensagem, sem abusar de outros, e que o Pheu Thai esteja de mente tranquila e satisfeito por ter, através do seu afastamento, contribuído para mais um passo no processo democrático e na reconciliação no país.
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