
Depois da queixa apresentada pelo Camboja junto do Conselho de Segurança o governo da Tailândia respondeu na mesma moeda enviando uma carta para a presidente do CS expondo os argumentos do lado tailandês, que obviamente são contrários aos do Camboja. A Brasileira Maria Luísa Ribeiro Viotti, que preside ao CS, já informou todos os membros e o assunto estava para ser discutido na reunião normal no ponto "outros assuntos" mas sabe-se que, pelo menos um dos membros requereu que o assunto fosse discutido numa reunião expressamente convocada para o efeito. A presidente do CS entretanto falou também com o Embaixador Marty da Indonésia, ele próprio o ex Embaixador do país junto das Nações Unidas, no sentido de solicitar a sua ajuda como presidente em exercício da ASEAN.
Entretanto os dois ministérios dos Estrangeiros avançaram numa campanha, iniciada por Phnom Penh, convidando os diplomatas a visitar os campos de desalojados e a observar os danos causados, pela outra parte, de forma a sensibilizar esta comunidade dos actos de "agressão" perpetrados pelo inimigo.
O Ministro Indonésio dos Negócios Estrangeiros Marty prossegue a sua viagem aos dois países, hoje em Bangkok, no sentido de obter alguma solução para a contenda. Mostrando o interesse que a região tem para si, e de alguma forma uma inovação na condução na política externa, a Republica Popular da China emitiu ontem um comunicado onde diz serem ambos os países "vizinhos amigos da China" e esperando que as partes se contenham e encontrem uma solução para os seus problemas comuns.


Entretanto os amarelos do PAD e dos Patriotas preparam a "marcha para uma importante posição" que terá lugar no dia 11. O facto de não se saber onde é tal lugar faz correr as mais variadas especulações, inclusive que pode ser na fronteira para tornar a situação ainda mais tensa, mas já fez com que o governo decidisse hoje declarar que seja aplicado o artigo 2º do Internal Security Act, facto que permitirá uma mais fácil actuação dos militares.
Há quem especule que tudo isto não passa de uma escalada da tensão para mostrar a necessidade de uma intervenção militar "já que o governo é incapaz de manter a ordem".
1 comentário:
"Há quem especule que tudo isto não passa de uma escalada da tensão para mostrar a necessidade de uma intervenção militar "já que o governo é incapaz de manter a ordem".
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Tudo é possível...e em política vale tudo menos arrancar olhos e a intervenção militar pode criar uma onda de patriotismo e fazer esquecer as feridas,internas, difícil de curar.
Olho vivo
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