De acordo com todas as fontes Portugal voltará a enfrentar uma situação de recessão no próximo ano e o orçamento a votar trará significativos aumentos da carga fiscal para todos os portugueses.
Impostos directos e indirectos irão aumentar de forma significativa num esforço para repor nos cofres públicos o nível de conforto necessário para o estado não entrar na bancarrota.
Os problemas de Portugal são muito mais profundos do que as mezinhas ora utilizadas podem deixar transparecer.
No pós 25 de Abril Portugal tentou transformar-se. Em curtas palavras:
Primeiro houve uma fase da consolidação da Democracia parlamentar com a saída de cena dos militares do Conselho da Revolução e do MFA.
Posteriormente entrou-se numa outra fase do crescimento económico e da tentativa de apanhar o comboio europeu de modo a não nos atrasarmos mais com o resto do continente.
Depois deveria ter sido feita a reestruturação dos vários sectores da sociedade: educação, justiça, administrativo, etc.
Concordando ou não com esta sequência de fases o facto é que foi assim que se passou.
Acontece que a terceira fase nunca se fez. Foi adiada a passado o fardo para o futuro com as consequências gravíssimas que hoje vemos visto não haver um ensino formador, uma justiça efectiva e credível, um estado limpo e por todos aceite, etc, etc.
O próprio sistema empresarial e económico deixou-se aburguesar e ficar dependente da vaidade dos holofotes e das ajudas estatais e com raras excepções mostra-se pouco criativo e inovador e pouco acrescenta para a riqueza do país.
A falta de competitividade do país e das suas empresas num mundo tão ansioso de inovação é uma realidade. Portugal, um país com poucos recursos naturais, necessitaria de estar alavancado em dois importantes recursos: a qualidade da formação da sua gente e a forma simples acolhedora, limpa e transparente como deveria ser atraído o investimento produtivo estrangeiro. Para isso necessitaríamos de ter muito mais disciplina na formação, mais investigação, mais qualidade dos professores e dos alunos e não a situação actual.
Necessitaríamos de ter também um poder, central e fundamentalmente local, limpo e interessado nos problemas do país e não em questões paroquiais como na maioria dos casos acontece.
Coisas tão simples de dizer mas tão difíceis de compreender porque não são a prática do nosso quotidiano.
Aqui na Tailândia, país que tem vivido conturbados momentos, crise económica de 1997, Tsunami de 2004, crise política desde 2006, que seriam porventura grandes obstáculos ao desenvolvimento caso acontecessem lá mais para Oeste, vemos a economia com uma força impressionante e o seu povo, que não beneficia de todos os apoios sociais a que nós ocidentais nos habituamos, sempre a levar o país para a frente.
Um dos muitos exemplos disso é o que se passa actualmente com a indústria automóvel, uma das mais importantes no país. Lembro-me de em 2006 ter assistido, durante uma feira automóvel à comemoração do facto de a Tailândia ter ultrapassado a fasquia do milhão de carros ano. Pois em 2010 o número deverá ficar próximo dos 1,7 milhões e em 2012 deverá subir para cerca de 2,6-2,8 milhões tendo em conta os investimentos que estão em curso no sector.
Nem o facto do baht ter apreciado 12% em relação ao US Dólar desde o início do ano, de haver problemas políticos que assustam investidores, de haver incertezas no que respeita o investimento estrangeiro. Estes são capazes de continuar a olhar para a Tailândia de uma forma positiva acreditando sobretudo na sua gente, nas qualidades profissionais dos tailandeses e nas plataformas necessárias à produção dos seus produtos.
Nem tudo é paraíso, há questões sociais a ter em atenção, há ainda muita gente que não consegue alcançar aquilo que anseia e merece, mas há a sensação (certeza) de que o futuro está ali, ao alcance da acção de cada um, e isso os tailandeses sabem bem.
Com capacidades e sabendo atrair os investimentos produtivos os tailandeses constroem futuro.
Tantas semelhanças e tantas diferenças com Portugal.
Impostos directos e indirectos irão aumentar de forma significativa num esforço para repor nos cofres públicos o nível de conforto necessário para o estado não entrar na bancarrota.
Os problemas de Portugal são muito mais profundos do que as mezinhas ora utilizadas podem deixar transparecer.
No pós 25 de Abril Portugal tentou transformar-se. Em curtas palavras:
Primeiro houve uma fase da consolidação da Democracia parlamentar com a saída de cena dos militares do Conselho da Revolução e do MFA.
Posteriormente entrou-se numa outra fase do crescimento económico e da tentativa de apanhar o comboio europeu de modo a não nos atrasarmos mais com o resto do continente.
Depois deveria ter sido feita a reestruturação dos vários sectores da sociedade: educação, justiça, administrativo, etc.
Concordando ou não com esta sequência de fases o facto é que foi assim que se passou.
Acontece que a terceira fase nunca se fez. Foi adiada a passado o fardo para o futuro com as consequências gravíssimas que hoje vemos visto não haver um ensino formador, uma justiça efectiva e credível, um estado limpo e por todos aceite, etc, etc.
O próprio sistema empresarial e económico deixou-se aburguesar e ficar dependente da vaidade dos holofotes e das ajudas estatais e com raras excepções mostra-se pouco criativo e inovador e pouco acrescenta para a riqueza do país.
A falta de competitividade do país e das suas empresas num mundo tão ansioso de inovação é uma realidade. Portugal, um país com poucos recursos naturais, necessitaria de estar alavancado em dois importantes recursos: a qualidade da formação da sua gente e a forma simples acolhedora, limpa e transparente como deveria ser atraído o investimento produtivo estrangeiro. Para isso necessitaríamos de ter muito mais disciplina na formação, mais investigação, mais qualidade dos professores e dos alunos e não a situação actual.
Necessitaríamos de ter também um poder, central e fundamentalmente local, limpo e interessado nos problemas do país e não em questões paroquiais como na maioria dos casos acontece.
Coisas tão simples de dizer mas tão difíceis de compreender porque não são a prática do nosso quotidiano.
Aqui na Tailândia, país que tem vivido conturbados momentos, crise económica de 1997, Tsunami de 2004, crise política desde 2006, que seriam porventura grandes obstáculos ao desenvolvimento caso acontecessem lá mais para Oeste, vemos a economia com uma força impressionante e o seu povo, que não beneficia de todos os apoios sociais a que nós ocidentais nos habituamos, sempre a levar o país para a frente.
Um dos muitos exemplos disso é o que se passa actualmente com a indústria automóvel, uma das mais importantes no país. Lembro-me de em 2006 ter assistido, durante uma feira automóvel à comemoração do facto de a Tailândia ter ultrapassado a fasquia do milhão de carros ano. Pois em 2010 o número deverá ficar próximo dos 1,7 milhões e em 2012 deverá subir para cerca de 2,6-2,8 milhões tendo em conta os investimentos que estão em curso no sector.
Nem o facto do baht ter apreciado 12% em relação ao US Dólar desde o início do ano, de haver problemas políticos que assustam investidores, de haver incertezas no que respeita o investimento estrangeiro. Estes são capazes de continuar a olhar para a Tailândia de uma forma positiva acreditando sobretudo na sua gente, nas qualidades profissionais dos tailandeses e nas plataformas necessárias à produção dos seus produtos.
Nem tudo é paraíso, há questões sociais a ter em atenção, há ainda muita gente que não consegue alcançar aquilo que anseia e merece, mas há a sensação (certeza) de que o futuro está ali, ao alcance da acção de cada um, e isso os tailandeses sabem bem.
Com capacidades e sabendo atrair os investimentos produtivos os tailandeses constroem futuro.
Tantas semelhanças e tantas diferenças com Portugal.
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