terça-feira, 3 de agosto de 2010

Militares e Política

Este artigo de Chambers é melhor do que inúmeros relatos que se possam ler nos jornais sobre os políticos e os partidos na Tailândia quando respeita a compreender aquilo que se passa na essência da vida política no país.

Como diz um dos comentários. É necessário ler as folhas de chá da política intra-militar tailandesa para se poder compreender o país.

A estreita ligação da aristocracia com os militares, sempre presente na vida política da Tailândia(exemplo disso é o facto de a esmagadora maíoria dos Primeiro-ministros terem vindo da área milititar), determina todos os passos que são dados mesmo pelos políticos que aparentemente estão de fora desse círculo, da mesma forma que deternima o rumo da vida no país.

Abhisit é um protegido dessa parceria. Ele próprio foi professor na mais importante academia militar e o seu pai é amigo pessoal do Presidente do Conselho Privado do Rei, também ele um militar, General Prem.

A sucessão do General Anupong, que se aproxima, é o momento de reorganizar as forças armadas em torno do novo eleito e, para quem está de fora, obervar a forma como as diversas forças se cruzam e posicionam durante este processo de escolha. Contudo a presente sucessão deverá ser mais concesual já que o General Prayuth, o provável sucessor, preparou bem o caminho especialmente durante a dispersão da recente manifestação da UDD. Mesmo assim há que observar as possibilidades do General Piroon, mais antigo e pertencente ao ramo de cavalaria, área do General Prem, que é tido como o cavalo de Troia na presente corrida.

A primeira discusão sobre as listas, que serão mais tarde apresentadas ao Rei para confirmação, deverá ter lugar hoje mesmo na reunião do Conselho de Ministros.


PS: Já depois de escrito o texto acima veio a confirmação de que o Conselho de Ministros decidiu recomendar que a lista apresentada pelo Ministro da Defesa fosse enviada, sem alterações, para aprovação real, querendo isto dizer que o General Prayuth Chan-ocha está indigitado como o próximo comandante do exército e homem forte do sistema politico/militar vigente.

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