Como anteriormente referi o PAD decidiu manifestar-se durante o fim de semana erguendo mais uma vez a bandeira do nacionalismo como o estandarte da sua campanha.
Recentemente o Ministro do governo tailandês presente na reunião da UNESCO assinou as conclusões finais onde se dizia que o comité apreciava o trabalho levado a cabo pelo Camboja na preparação do plano de gestão para o templo de Phrae Viharn local recentemente designado como Património da Humanidade, de acordo com a definição da agência das Nações Unidas. Tal facto foi aproveitado pelo PAD para vir de novo afirmar que estaria em causa a soberania do território tailandês e que o governo Abhisit estava a capitular e a ceder às pressões do vizinho.
Note-se que no final deste mês irão ocorrer eleições para Conselheiros Municipais em Bangkok e pela primeira vez o partido da Nova Politica (PNP - o braço político do movimento amarelo) irá estar presente. A campanha, que já está na rua através de cartazes, é sintomática de que o PNP tem que disputar o espaço e os votos ao partido Democrata. Afirma-se nos cartazes que os bangkokianos sabem que têm de mudar e para serem mais claros usam cores significando mudar do azul claro (a cor Democrata) para o verde (a cor do PNP).
Assim não é de espantar que tenham levantado agora esta bandeira para de novo entusiasmar os seus apoiantes a criar um conflito com o partido do poder ao acusarem o PM de capitulação perante o "inimigo".
Abhisit tentou reagir mas fê-lo de forma pouco esclarecida.
No Sábado passado acedeu a ir falar aos manifestantes amarelos, reunidos numa manifestação num estádio da capital, e tal facto não só foi criticado por muitos (as sondagens posteriores feitas pela Universidade Católica mostram isso), como outros perguntam-se porque é que o PM não foi também falar aos manifestantes vermelhos (especialmente no seu início). Pior de tudo foi o que acabou por dizer visto ter feito afirmações que não só lhe podem criar problemas com o próprio PAD, um aliado que não deve ser menosprezado, como estão a criar com o Camboja.
Abhisit afirmou que agora seria mais simples solucionar a questão (o PM sabe bem as tremendas dificuldades que terá em conseguir a resposta que o PAD quer),e, caso fosse necessário, não só seria anulado o Acordo celebrado pelo seu antecessor e actual assessor sénior do partido Democrata Chuen Lekpai em 2000, como a Tailândia recorreria a todos os meios necessários, militares incluídos, para impedir qualquer perca territorial.
O Camboja está numa situação muito cómoda pois tem a seu favor os instrumentos internacionais (acordos de 1904 e 1907, decisão do ICJ de 1962 e o acordo de 2000), e a própria história e portanto nada tem de fazer senão continuar numa posição dominante e de força e esperar as reacções vindas de Bangkok.
Terá de ser a Tailândia, como se diz na gíria, a "correr atrás do prejuízo" e tentar encontrar soluções para uma questão que o PAD tenta sempre tornar numa grande questão nacional sabendo que isso é favorável a criar emoções nacionalistas e inflamar os seus apoiantes.
Abhisit meteu-se entre fogos cruzados, como se não lhe bastasse todos aqueles que tem, e sairá mais chamuscado de todo o conflito do que vitorioso.
Do lado do Camboja, o PM Hun Sen apresentou o caso à Assembleia-geral das Nações Unidas, enviando uma carta ao seu Presidente, solicitando a difusão dessa mesma aos membros do Conselho de Segurança, onde, baseando-se nas palavras de Abhisit, alerta para a mencionada possível denúncia unilateral de acordos internacionais por parte da Tailândia (afectação da credibilidade de um país como parceiro contratante em direito internacional) e para a ameaça do uso da força contra o seu país. Contra tal ABhisit já veio dizer que as suas palavras foram mal interpretadas e incorrectamente transcritas o que mostra a dificuldade do PM e a necessidade de estar à defesa.
Do lado do PAD o movimento tem agora como adquirido o "compromisso" do PM de resolver a questão sendo que Abhisit é por certo um dos que melhor sabe a reduzida possibilidade que a Tailândia tem de sair vitoriosa nesta contenda e, como referi, e que o Camboja não tem nenhuma razão, vantagem ou necessidade para suavizar a sua posição.
Um passo em falso de Abhist que cada vez se vê mais entalado no seu próprio campo quer pelos seus parceiros de coligação quer pelo PAD/PNP. Do outro lado da bancada o Pheu Thai/UDD aguardam o momento para voltar á acção realizando pequenos eventos de agitação propagandística para manter as suas forças vivas mas evitando ao máximo os perigos que para o movimento tem representado o Estado de Emergência e a repressão sobre o movimento actualmente em acção.
Recentemente o Ministro do governo tailandês presente na reunião da UNESCO assinou as conclusões finais onde se dizia que o comité apreciava o trabalho levado a cabo pelo Camboja na preparação do plano de gestão para o templo de Phrae Viharn local recentemente designado como Património da Humanidade, de acordo com a definição da agência das Nações Unidas. Tal facto foi aproveitado pelo PAD para vir de novo afirmar que estaria em causa a soberania do território tailandês e que o governo Abhisit estava a capitular e a ceder às pressões do vizinho.
Note-se que no final deste mês irão ocorrer eleições para Conselheiros Municipais em Bangkok e pela primeira vez o partido da Nova Politica (PNP - o braço político do movimento amarelo) irá estar presente. A campanha, que já está na rua através de cartazes, é sintomática de que o PNP tem que disputar o espaço e os votos ao partido Democrata. Afirma-se nos cartazes que os bangkokianos sabem que têm de mudar e para serem mais claros usam cores significando mudar do azul claro (a cor Democrata) para o verde (a cor do PNP).
Assim não é de espantar que tenham levantado agora esta bandeira para de novo entusiasmar os seus apoiantes a criar um conflito com o partido do poder ao acusarem o PM de capitulação perante o "inimigo".
Abhisit tentou reagir mas fê-lo de forma pouco esclarecida.
No Sábado passado acedeu a ir falar aos manifestantes amarelos, reunidos numa manifestação num estádio da capital, e tal facto não só foi criticado por muitos (as sondagens posteriores feitas pela Universidade Católica mostram isso), como outros perguntam-se porque é que o PM não foi também falar aos manifestantes vermelhos (especialmente no seu início). Pior de tudo foi o que acabou por dizer visto ter feito afirmações que não só lhe podem criar problemas com o próprio PAD, um aliado que não deve ser menosprezado, como estão a criar com o Camboja.
Abhisit afirmou que agora seria mais simples solucionar a questão (o PM sabe bem as tremendas dificuldades que terá em conseguir a resposta que o PAD quer),e, caso fosse necessário, não só seria anulado o Acordo celebrado pelo seu antecessor e actual assessor sénior do partido Democrata Chuen Lekpai em 2000, como a Tailândia recorreria a todos os meios necessários, militares incluídos, para impedir qualquer perca territorial.
O Camboja está numa situação muito cómoda pois tem a seu favor os instrumentos internacionais (acordos de 1904 e 1907, decisão do ICJ de 1962 e o acordo de 2000), e a própria história e portanto nada tem de fazer senão continuar numa posição dominante e de força e esperar as reacções vindas de Bangkok.
Terá de ser a Tailândia, como se diz na gíria, a "correr atrás do prejuízo" e tentar encontrar soluções para uma questão que o PAD tenta sempre tornar numa grande questão nacional sabendo que isso é favorável a criar emoções nacionalistas e inflamar os seus apoiantes.
Abhisit meteu-se entre fogos cruzados, como se não lhe bastasse todos aqueles que tem, e sairá mais chamuscado de todo o conflito do que vitorioso.
Do lado do Camboja, o PM Hun Sen apresentou o caso à Assembleia-geral das Nações Unidas, enviando uma carta ao seu Presidente, solicitando a difusão dessa mesma aos membros do Conselho de Segurança, onde, baseando-se nas palavras de Abhisit, alerta para a mencionada possível denúncia unilateral de acordos internacionais por parte da Tailândia (afectação da credibilidade de um país como parceiro contratante em direito internacional) e para a ameaça do uso da força contra o seu país. Contra tal ABhisit já veio dizer que as suas palavras foram mal interpretadas e incorrectamente transcritas o que mostra a dificuldade do PM e a necessidade de estar à defesa.
Do lado do PAD o movimento tem agora como adquirido o "compromisso" do PM de resolver a questão sendo que Abhisit é por certo um dos que melhor sabe a reduzida possibilidade que a Tailândia tem de sair vitoriosa nesta contenda e, como referi, e que o Camboja não tem nenhuma razão, vantagem ou necessidade para suavizar a sua posição.
Um passo em falso de Abhist que cada vez se vê mais entalado no seu próprio campo quer pelos seus parceiros de coligação quer pelo PAD/PNP. Do outro lado da bancada o Pheu Thai/UDD aguardam o momento para voltar á acção realizando pequenos eventos de agitação propagandística para manter as suas forças vivas mas evitando ao máximo os perigos que para o movimento tem representado o Estado de Emergência e a repressão sobre o movimento actualmente em acção.
Sem comentários:
Enviar um comentário