No dia 25 deste mês irão realizar-se eleições intercalares para a área 6 da capital devido ao facto de o Deputado, anteriormente eleito pelo Partido Democrata, ter falecido.
Foram nomeados inicialmente, para além de candidatos "menores", três políticos que seriam os principais candidatos ao lugar, embora os Democratas tenham em principio vantagem.
Um candidato do partido do poder, Panich, actual sub-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, um candidato do principal partido da oposição o Pheu Thai (PT), Korkaew e um deputado do Partido da Nova Política (PNP), o braço político do movimento PAD – amarelo.
Acontece que o Phue Thai, numa muito estranha e internamente contestada decisão, que bem mostra a falta de estratégia que neste momento há no partido, decidiu avançar com um dos líderes da UDD que se encontra detido e acusado de terrorista como o seu candidato.
Korkaew não é sequer um nome sonante e tem todo este "problema" de se encontrar em prisão preventiva. Por outro lado a decisão retirou independência ao partido tornando-o, como ao PNP no braço político de um movimento de rua. O facto do movimento vermelho ser eventualmente mais conhecido do que o PT, só acontece devido à falta de clarividência no discurso político do partido e á falta clara de liderança. Aliás recentemente o PT reuniu o seu estado maior e o que saiu de lá foi a confirmação das dissidências internas e da falta de liderança. Há que entender que o PT nunca conseguirá impor-se como uma força política enquanto continuar a ter como "líder" uma pessoa que não está no terreno e só manda ordens de fora com é o caso de Thaksin. É a escolha deles mas isso só continua a favorecer o Partido Democrata.
Foram nomeados inicialmente, para além de candidatos "menores", três políticos que seriam os principais candidatos ao lugar, embora os Democratas tenham em principio vantagem.
Um candidato do partido do poder, Panich, actual sub-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, um candidato do principal partido da oposição o Pheu Thai (PT), Korkaew e um deputado do Partido da Nova Política (PNP), o braço político do movimento PAD – amarelo.
Acontece que o Phue Thai, numa muito estranha e internamente contestada decisão, que bem mostra a falta de estratégia que neste momento há no partido, decidiu avançar com um dos líderes da UDD que se encontra detido e acusado de terrorista como o seu candidato.
Korkaew não é sequer um nome sonante e tem todo este "problema" de se encontrar em prisão preventiva. Por outro lado a decisão retirou independência ao partido tornando-o, como ao PNP no braço político de um movimento de rua. O facto do movimento vermelho ser eventualmente mais conhecido do que o PT, só acontece devido à falta de clarividência no discurso político do partido e á falta clara de liderança. Aliás recentemente o PT reuniu o seu estado maior e o que saiu de lá foi a confirmação das dissidências internas e da falta de liderança. Há que entender que o PT nunca conseguirá impor-se como uma força política enquanto continuar a ter como "líder" uma pessoa que não está no terreno e só manda ordens de fora com é o caso de Thaksin. É a escolha deles mas isso só continua a favorecer o Partido Democrata.
Este também se encontra fragilizado, também com dissidências e contestação interna inclusíve à liderança do PM Abhisit que é visto por muitos como um instrumento de outrem e não como o porta voz da política do partido. Um dos grandes "pecados" de Abhisit é, no entender de uma larga fatia de deputados Democratas, favorecer mais os outros partidos na coligação e dar-lhes tudo, ao contrário do que faz com os membros do seu próprio partido.
Esta decisão do PT foi um sopro de vida para a situação pois o candidato do PNP imediatamente desistiu da campanha dizendo que não iria concorrer contra um "terrorista" dando assim de mão beijada a vitória a Panich, já que a candidatura do PNP iria retirar votos ao campo Democrata e tal só iria favorecer o candidato do PT.
Comenta-se que isso terá sido um arranjo entre os dois partidos e a Comissão Nacional de Eleições está a "investigar", mas como sempre nada irá encontrar e irá arquivar o caso já que Korkaew "não pode ganhar". Fala-se mesmo em dinheiro que terá sido pago ao PNP para que se retirasse, o que não é nada de espantar. Funciona sempre assim. Thaksin fez o mesmo em 2 de Abril de 2006, quando mascarou umas eleições pagando aos seus adversários para competir no momento em que os Democratas decidiram não o fazer e boicotar as eleições.
Entretanto assiste-se a um cenário surrealista que é o de ter um candidato, potencialmente o "challenger", que não pode fazer campanha eleitoral pois está em prisão e são outros a fazer a campanha por ele.
Acresce que as eleições irão ser disputadas numa província onde está em vigor o Estado de Emergência e onde a qualquer momento uma pessoa pode ser presa sempre que o seu comportamento não seja do agrado dos militares. De igual modo a zelosa aplicação da lei impedirá qualquer acção de campanha visto muito fácilmente se juntarem mais do que 5 pessoas e assim violar-se a lei. É também perfeitamente legal, embora de pouco gosto, que as secções onde se vote estejam sob "protecção" de militares fortemente armados criando alguma intimidação sobre os eleitores.
Esta decisão do PT foi um sopro de vida para a situação pois o candidato do PNP imediatamente desistiu da campanha dizendo que não iria concorrer contra um "terrorista" dando assim de mão beijada a vitória a Panich, já que a candidatura do PNP iria retirar votos ao campo Democrata e tal só iria favorecer o candidato do PT.
Comenta-se que isso terá sido um arranjo entre os dois partidos e a Comissão Nacional de Eleições está a "investigar", mas como sempre nada irá encontrar e irá arquivar o caso já que Korkaew "não pode ganhar". Fala-se mesmo em dinheiro que terá sido pago ao PNP para que se retirasse, o que não é nada de espantar. Funciona sempre assim. Thaksin fez o mesmo em 2 de Abril de 2006, quando mascarou umas eleições pagando aos seus adversários para competir no momento em que os Democratas decidiram não o fazer e boicotar as eleições.
Entretanto assiste-se a um cenário surrealista que é o de ter um candidato, potencialmente o "challenger", que não pode fazer campanha eleitoral pois está em prisão e são outros a fazer a campanha por ele.
Acresce que as eleições irão ser disputadas numa província onde está em vigor o Estado de Emergência e onde a qualquer momento uma pessoa pode ser presa sempre que o seu comportamento não seja do agrado dos militares. De igual modo a zelosa aplicação da lei impedirá qualquer acção de campanha visto muito fácilmente se juntarem mais do que 5 pessoas e assim violar-se a lei. É também perfeitamente legal, embora de pouco gosto, que as secções onde se vote estejam sob "protecção" de militares fortemente armados criando alguma intimidação sobre os eleitores.
Assim se constroi o caminho da Democracia.
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