quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

GT200

Já aqui referi no dia 29 os problemas havidos com o detector de explosivos GT200.

O detector começou por ser utilizado pela Força Aérea, ainda em 2005, alargou o seu campo de utilização durante o governo do General Surayud onde era utilizado pela sua segurança pessoal e ganhou o seu apogeu com a compra feita pelo General Anupong em Março de 2009.

O caso levantado em Inglaterra contra a companhia que produz os equipamentos e que já levou á cadeia um dos seus executivos por fraude fez com que a comunicação social na Tailândia viesse pôr em causa a utilização dos equipamentos e a pressão acabou por levar o PM Abhisit a ordenar que fossem conduzidos testes.

Estes aconteceram no fim de semana passada e, sem espanto, mostraram a total ineficácia dos aparelhos que só conseguiram detectar 4 explosivos numa amostra de 20.

O PM ordenou que fossem postos de lado os aparelhos mas o todo poderoso General Anupong, embora admitisse os resultados dos testes levados a cabo, reafirmou que continuarão a ser utilizados na “campanha do Sul”.

Num artigo de opinião hoje publicado no The Nation, Pravit Rojanaphruck, perguntava se isto era a negação da realiade, corrupção ou ambas.

Entretanto Abhisit ordenou que fosse investigada a compra dos GT200 já que é referido que o preço de mercado ronda os 500.000 bath enquanto os que foram comprados por Anupong custaram 1.4 milhões cada.

O PM veio, também, requerer que a firma inglesa, produtora dos GT200, assumisse as responsabilidades mas o tiro pode sair pela culatra já que o contracto assinada pela Tailândia impossibilita esta de fazer testes científicos aos equipamentos.

Anupong está com má sorte pois um Zepelim, denominado Spy Dragon, que encomendou, por 350 milhões de bath, a uma empresa americana para sobrevoar o Sul em missão de vigilância e que deveria ter sido entregue em Outubro, está estacionado numa base na província de Pattani inoperacional e sem que o equipamento que deveria ter visto tratar-se de equipamento militar e não foi obtida a devida autorização de exportação. Para alem do mais o engenho mostra-se inadequado para as temperaturas da região e o seu custo de operacionalidade é muito superior ao esperado, pelo menos assim é referido.

Comenta-se, com alguma piada, que se houvesse no mercado um detector de sensibilidades na relação entre Abhisit e Anupong ele estaria já em uso nos dois “bunkers”. Entretanto o PM fez um "upgrade" no seu carro, utilizando agora um Range Rover altamente blindado, não vá haver alguma bala perdida que se travesse no caminho.


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