Em Dezembro de 2008 quando foi constituído o governo do 27º Primeiro Ministro Tailandês, Abhsisit Vejjajiva, várias pessoas estiveram na sombra e foram os autores dessa construção.
Suthep Thaugsuban, o Secretário-Geral do partido Democrata e actual primeiro Vice-Primeiro Ministro encarregado entre outras das questões de segurança interna e das questões políticas que envolvem a coligação; General Prawit Wongsuwan, um ex Comandante Supremo das Forças Armadas com grande prestígio e poder no sector, que actualmente é Ministro da Defesa; General Anupong Paochinda, o actual Chefe do Estado Maior do Exército, o sector sempre mais forte das Forças Armadas e um dos mais visíveis intervenientes em todas as questões políticas durante o ano de 2008; Nevin Chidchob, o ex braço direito de Thaksin Shinawatra, filho do Presidente do Parlamento, actualmente despojado de direitos políticos até 2012 o que não o impede de ser o líder de facto do novo partido Bhum Jai Thai (BJT), partido que tem por grande objectivo ser a força política capaz de assegurar quer aos Democratas quer aos seus rivais do Phuea Thai os Deputados para fazer uma maioria capaz de formar um governo.
Estes quatro, por vezes apelidado O Bando dos 4, lembrando tempos pós Revolução Cultural na China, foram os "garantes" da formação da coligação no poder e são aqueles que Abhisit tem tido sempre que ter em conta em todas as suas acções como Primeiro Ministro.
Acontece que desenvolvimentos recentes começaram a abrir um conjunto de brechas nesta "solidariedade" e ameaçam de forte maneira a estabilidade actual.
Nevin não conseguiu ser bem sucedido no caso dos 4.000 autocarros para a cidade de Bangkok tendo ficado visível para o público que o projecto tinha todo o aspecto de ser uma forma de financiamento do seu recente partido. Abhisit conseguiu que o projecto se mantenha em estado de hibernação para já, mas é acusado de ter estado por detrás da campanha de descrédito do seu parceiro na coligação. Por outro lado nas eleições intercalares no Nordeste do país onde depositava grande esperança de poder demonstrar a força do BJT acabou derrotado de forma clara pelo partido apoiante de Thaksin. Igualmente no próximo dia 17, dia em que muitas coisas irão acontecer, irá a julgamento um velho caso em que na sua qualidade de ex Secretário de Estado da Agricultura, está acusado de corrupção.
O General Prawit viu o seu irmão, Patcharawat, Comandante da Polícia ser forçado a tirar umas férias por pressão de Abhisit, visto alegadamente estar a bloquear as investigações sobre a tentativa de assassinato do líder do PAD, Sondhi L. A tensão entre Abhisit e o seu Ministro da Defesa é tanta que este deixou de comparecer nos últimos Conselho de Ministros. Neste mesmo caso Suthep de igual modo saiu derrotado visto ter sempre suportado Patcharawat e isso foi visível na tomada de posse do Comandante interino, nomeado por Abhisit contra a vontade de Suthep. Embora oficialmente Patcharawat só vá estar ausente 5 dias e o processo de substituição ser automático passando o general mais sénior e primeiro adjunto a comandar, o PM decidiu utilizar uma prerrogativa legislativa que lhe dá a capacidade de nomear um comandante interino na ausência ou incapacidade do actual comandante. Aqui havia um problema adicional visto o general que deveria assumir o comando, ou seja o número 2, ser cunhado de Thaksin.
Suthep por seu lado tem vindo em movimento descendente visto a maioria das suas iniciativas recentes, como número dois do governo e também muitas vezes solicitado por Abhisit para tarefas de grande relevância, não terem tido nenhum sucesso bem pelo contrário.
Por último o General Anupong tem-se mantido calado e distante quando é sabido que não é essa a sua forma de estar e actuar. Anupong é por norma interveniente e sempre faz questão de deixar claro que é ele quem comanda o sector militar, sempre tão influente neste país.
Todo este cenário acontece no momento em que estão em marcha dois grandes movimentos de sentido contrário sobre o mesmo tema: a petição ao Rei para conceder um perdão de pena a Thaksin.
A UDD, o movimento que iniciou a petição, anunciou que no dia 17 fará entrega desse documento suportado por 10 milhões de assinaturas mas que tal será precedido das maiores manifestações em Bangkok, a 15 e 16, para as quais pretendem convocar 400.000 pessoas.
Também para 17 o PAD marcou uma manifestação de sentido contrário e a este movimento, de alguma forma, está a aliar-se o BJT (convém lembrar que Sondhi acusou directamente Nevin de envolvimento na tentativa de assassinato contra ele), visto ter em curso uma campanha para angariar 5 milhões de assinaturas contra a petição.
Abhisit por seu lado é acusado de nada fazer e de expor o Rei a este possível embaraço de vir a receber uma petição que seja qual for a acção irá sempre deixar metade do país descontente, sabendo-se como os tailandeses estão sempre divididos nas questões que respeitam Thaksin.
Abhisit embora parecer vitorioso na sua luta para ganhar espaço e ser o verdadeiro líder político do país, está por um lado a deixar algum amargo de boca nos círculos mais próximos do palácio e está também a afrontar directamente os militares correndo mesmo o rumor de que a posição do General Anupong estaria em risco. Recorde-se que Anupong só atinge a idade de reforma em 2012.
Assim e fazendo-se comparações com Agosto de 2006 e dos passos que precederam o golpe de estado de 19 de Setembro desse ano, fala-se cada vez mais num possível novo movimento militar que poderia mesmo ser antes do dia 17 para evitar não só a entrega da petição e o embaraço que irá causar, como as eventuais confrontações sempre possíveis com as varias manifestações anunciadas, mas também para repor no comando aqueles que neste momento se sentem ameaçados.
Mais uma vez há que esperar por sinais reais e claros e lembro que em Setembro de 2006 nem mesmo alguns dos altos comandos sabiam muito claramente o que se passava no próprio dia do golpe.
Amazing Thailand é o principal slogan publicitário do sector do turismo para atrair visitantes e assim contínua o país.
Suthep Thaugsuban, o Secretário-Geral do partido Democrata e actual primeiro Vice-Primeiro Ministro encarregado entre outras das questões de segurança interna e das questões políticas que envolvem a coligação; General Prawit Wongsuwan, um ex Comandante Supremo das Forças Armadas com grande prestígio e poder no sector, que actualmente é Ministro da Defesa; General Anupong Paochinda, o actual Chefe do Estado Maior do Exército, o sector sempre mais forte das Forças Armadas e um dos mais visíveis intervenientes em todas as questões políticas durante o ano de 2008; Nevin Chidchob, o ex braço direito de Thaksin Shinawatra, filho do Presidente do Parlamento, actualmente despojado de direitos políticos até 2012 o que não o impede de ser o líder de facto do novo partido Bhum Jai Thai (BJT), partido que tem por grande objectivo ser a força política capaz de assegurar quer aos Democratas quer aos seus rivais do Phuea Thai os Deputados para fazer uma maioria capaz de formar um governo.
Estes quatro, por vezes apelidado O Bando dos 4, lembrando tempos pós Revolução Cultural na China, foram os "garantes" da formação da coligação no poder e são aqueles que Abhisit tem tido sempre que ter em conta em todas as suas acções como Primeiro Ministro.
Acontece que desenvolvimentos recentes começaram a abrir um conjunto de brechas nesta "solidariedade" e ameaçam de forte maneira a estabilidade actual.
Nevin não conseguiu ser bem sucedido no caso dos 4.000 autocarros para a cidade de Bangkok tendo ficado visível para o público que o projecto tinha todo o aspecto de ser uma forma de financiamento do seu recente partido. Abhisit conseguiu que o projecto se mantenha em estado de hibernação para já, mas é acusado de ter estado por detrás da campanha de descrédito do seu parceiro na coligação. Por outro lado nas eleições intercalares no Nordeste do país onde depositava grande esperança de poder demonstrar a força do BJT acabou derrotado de forma clara pelo partido apoiante de Thaksin. Igualmente no próximo dia 17, dia em que muitas coisas irão acontecer, irá a julgamento um velho caso em que na sua qualidade de ex Secretário de Estado da Agricultura, está acusado de corrupção.
O General Prawit viu o seu irmão, Patcharawat, Comandante da Polícia ser forçado a tirar umas férias por pressão de Abhisit, visto alegadamente estar a bloquear as investigações sobre a tentativa de assassinato do líder do PAD, Sondhi L. A tensão entre Abhisit e o seu Ministro da Defesa é tanta que este deixou de comparecer nos últimos Conselho de Ministros. Neste mesmo caso Suthep de igual modo saiu derrotado visto ter sempre suportado Patcharawat e isso foi visível na tomada de posse do Comandante interino, nomeado por Abhisit contra a vontade de Suthep. Embora oficialmente Patcharawat só vá estar ausente 5 dias e o processo de substituição ser automático passando o general mais sénior e primeiro adjunto a comandar, o PM decidiu utilizar uma prerrogativa legislativa que lhe dá a capacidade de nomear um comandante interino na ausência ou incapacidade do actual comandante. Aqui havia um problema adicional visto o general que deveria assumir o comando, ou seja o número 2, ser cunhado de Thaksin.
Suthep por seu lado tem vindo em movimento descendente visto a maioria das suas iniciativas recentes, como número dois do governo e também muitas vezes solicitado por Abhisit para tarefas de grande relevância, não terem tido nenhum sucesso bem pelo contrário.
Por último o General Anupong tem-se mantido calado e distante quando é sabido que não é essa a sua forma de estar e actuar. Anupong é por norma interveniente e sempre faz questão de deixar claro que é ele quem comanda o sector militar, sempre tão influente neste país.
Todo este cenário acontece no momento em que estão em marcha dois grandes movimentos de sentido contrário sobre o mesmo tema: a petição ao Rei para conceder um perdão de pena a Thaksin.
A UDD, o movimento que iniciou a petição, anunciou que no dia 17 fará entrega desse documento suportado por 10 milhões de assinaturas mas que tal será precedido das maiores manifestações em Bangkok, a 15 e 16, para as quais pretendem convocar 400.000 pessoas.
Também para 17 o PAD marcou uma manifestação de sentido contrário e a este movimento, de alguma forma, está a aliar-se o BJT (convém lembrar que Sondhi acusou directamente Nevin de envolvimento na tentativa de assassinato contra ele), visto ter em curso uma campanha para angariar 5 milhões de assinaturas contra a petição.
Abhisit por seu lado é acusado de nada fazer e de expor o Rei a este possível embaraço de vir a receber uma petição que seja qual for a acção irá sempre deixar metade do país descontente, sabendo-se como os tailandeses estão sempre divididos nas questões que respeitam Thaksin.
Abhisit embora parecer vitorioso na sua luta para ganhar espaço e ser o verdadeiro líder político do país, está por um lado a deixar algum amargo de boca nos círculos mais próximos do palácio e está também a afrontar directamente os militares correndo mesmo o rumor de que a posição do General Anupong estaria em risco. Recorde-se que Anupong só atinge a idade de reforma em 2012.
Assim e fazendo-se comparações com Agosto de 2006 e dos passos que precederam o golpe de estado de 19 de Setembro desse ano, fala-se cada vez mais num possível novo movimento militar que poderia mesmo ser antes do dia 17 para evitar não só a entrega da petição e o embaraço que irá causar, como as eventuais confrontações sempre possíveis com as varias manifestações anunciadas, mas também para repor no comando aqueles que neste momento se sentem ameaçados.
Mais uma vez há que esperar por sinais reais e claros e lembro que em Setembro de 2006 nem mesmo alguns dos altos comandos sabiam muito claramente o que se passava no próprio dia do golpe.
Amazing Thailand é o principal slogan publicitário do sector do turismo para atrair visitantes e assim contínua o país.
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