O Pai Natal tailandês apareceu este ano mais cedo mas, com o mais que possível anúncio de eleições à porta, está "justificado".
Hoje o Bangkok Post intitula ao largo da primeira página "Abhisit acusado de compra maciça de votos" referindo-se á verdadeira "orgia" de aprovações de despesas que foi o conselho de ministros de ontem tido por ser o último desta legislatura antes da realização de eleições.
Já ontem me referi a esta reunião do gabinete mas vale a pena relembrar os números: 102 pontos na agenda acrescidos de 96 fora da ordem do dia também para discutir mais 56 relatórios a serem considerados! Obra ciclópica diria Marcello Caetano.
Começou às 8 da manhã e estendeu-se por todo o dia e acabou por ser considerado pelos vários jornais, quer de língua inglesa quer de língua tailandesa, como um verdadeiro acto de campanha eleitoral. Interessante de notar que o único jornal que não traz nenhuma referência ao assunto na primeira página é o jornal de língua inglesa The Nation, normalmente sempre muito próximo dos pontos de vista do governo.
Um dos pontos mais atacados é a concessão de dois anos de moratória na aplicação de juros para a compra da primeira habitação. A partir da próxima Sexta-feira quem queira comprar casa, pela primeira vez (ou arranje alguém que faça esse favor em nome de alguém que já tenha uma ou várias casas) terá direito a não pagar juros nos dois primeiros anos do contracto de hipoteca. Esta decisão contraria claramente a declaração feita á imprensa pelo porta-voz do PM de que afirmou ontem só ter sido aprovada uma despesa de 733 milhões de baht (56 milhões de euros), já prevista no orçamento, visto todos os outros pontos serem unicamente promessas orçamentais dependentes de posteriores aprovações. A anterior referida não é uma promessa (aplica-se a partir do dia 6) até porque se o fosse iria criar uma grande confusão no mercado imobiliário. Por outro lado não é com promessas que se ganham votos?
O quadro acima mostra as aprovações do conselho sem incluir as despesas destinadas aos militares que são de grande monta como ontem referi.
O total ronda os 1,2 mil milhões de euros. Num momento em que o deficit orçamental já era uma preocupação do Ministro das Finanças nota-se a generosidade do governo. Se aplicassem esse valor na compra de dívida externa portuguesa por certo que obteriam um bom retorno (com o elevado risco associado) o que seria também uma boa acção de ajuda a um "doente" por certo apreciada na altura em que se comemoram os 500 Anos das relações entre os dois países.
Hoje o Bangkok Post intitula ao largo da primeira página "Abhisit acusado de compra maciça de votos" referindo-se á verdadeira "orgia" de aprovações de despesas que foi o conselho de ministros de ontem tido por ser o último desta legislatura antes da realização de eleições.
Já ontem me referi a esta reunião do gabinete mas vale a pena relembrar os números: 102 pontos na agenda acrescidos de 96 fora da ordem do dia também para discutir mais 56 relatórios a serem considerados! Obra ciclópica diria Marcello Caetano.
Começou às 8 da manhã e estendeu-se por todo o dia e acabou por ser considerado pelos vários jornais, quer de língua inglesa quer de língua tailandesa, como um verdadeiro acto de campanha eleitoral. Interessante de notar que o único jornal que não traz nenhuma referência ao assunto na primeira página é o jornal de língua inglesa The Nation, normalmente sempre muito próximo dos pontos de vista do governo.
Um dos pontos mais atacados é a concessão de dois anos de moratória na aplicação de juros para a compra da primeira habitação. A partir da próxima Sexta-feira quem queira comprar casa, pela primeira vez (ou arranje alguém que faça esse favor em nome de alguém que já tenha uma ou várias casas) terá direito a não pagar juros nos dois primeiros anos do contracto de hipoteca. Esta decisão contraria claramente a declaração feita á imprensa pelo porta-voz do PM de que afirmou ontem só ter sido aprovada uma despesa de 733 milhões de baht (56 milhões de euros), já prevista no orçamento, visto todos os outros pontos serem unicamente promessas orçamentais dependentes de posteriores aprovações. A anterior referida não é uma promessa (aplica-se a partir do dia 6) até porque se o fosse iria criar uma grande confusão no mercado imobiliário. Por outro lado não é com promessas que se ganham votos?
O quadro acima mostra as aprovações do conselho sem incluir as despesas destinadas aos militares que são de grande monta como ontem referi.
O total ronda os 1,2 mil milhões de euros. Num momento em que o deficit orçamental já era uma preocupação do Ministro das Finanças nota-se a generosidade do governo. Se aplicassem esse valor na compra de dívida externa portuguesa por certo que obteriam um bom retorno (com o elevado risco associado) o que seria também uma boa acção de ajuda a um "doente" por certo apreciada na altura em que se comemoram os 500 Anos das relações entre os dois países.
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