Quem ousaria dizer que os "amarelos" poderiam ser os principais aliados dos "vermelhos".
Em 2008 o PAD-amarelo manifestou-se durante 192 dias consecutivos, destruiu a totalidade dos jardins e zonas adjacentes da Government House e várias parte no interior de vários edifícios no complexo terminando a sua campanha com a ocupação dos dois aeroportos da capital. Nessa altura atingiu o seu objectivo de fazer cair o governo pró-Thaksin de Somchai Wongsawat, embora este tenha acabado por ceder devido a uma decisão judicial que dissolveu o partido que o sustentava.
Hoje o PAD iniciou uma nova manifestação com o objectivo de depor o governo que ajudou a colocar no poder e no qual têm assento alguns dos apoiantes daquela campanha de 2008, como o Ministro dos Negócios Estrangeiros Kasit Piromya. Segundo a polícia estarão no local cerca de 2.000 manifestantes.
O General Chamlong, um dos mais proeminentes líderes do movimento já anunciou que não abandonarão o local enquanto o governo não ceder, ou seja se demitir ou aceder aos pedidos do agrupamento. Contudo uma das suas facções, os ditos Patriotas (?) dizem que mesmo que o governo aceite as suas reivindicações o objectivo é a queda de Abhisit.
O PAD reclama os seguintes três pontos:
- Anulação do Memorando de Entendimento de 2000 que regula as questões fronteiriças com o Camboja
- Saída da Tailândia do Conselho da UNESCO que rege o Património da Humanidade
- Expulsar todos os civis e militares cambojanos que actualmente se encontram a viver ou estacionados nos 4,6 km quadrados em redor do templo de Phrae Viharn e que é terreno disputado por ambos os países.
Abhisit já disse NÃO a todos os pontos referindo que no primeiro ponto a existência do memorando é uma garantia de que não é através da força armada que a questão se resolve. Sem ele não resta outra alternativa do que o recurso á força armada para dirimir a disputa. O segundo viria a ter consequências graves nos muitos locais classificados na própria Tailândia e o terceiro é uma declaração de guerra que não se deseja.
Espera-se agora ver o desenvolvimento da manifestação sabendo-se que há pouca possibilidade de ela ganhar a dimensão da anterior campanha.
Entretanto a UDD-vermelha tem continuado a manifestar-se com grande civismo e ordeiramente ganhando desta maneira a simpatia de muitos que vêem com agrado a conduta do movimento agora liderado por uma mulher a esposa do Dr. Weng, Thida Thawornseth que se encontra como outros líderes ainda em detenção preventiva (!). Do lado vermelho temos hoje também uma pequena manifestação de um dos seus sub grupos mas pelo seu passado será mais uma vez um ajuntamento pacífico e não muito numeroso.
Entretanto, ainda sem se saber bem quem comandou ou a sua verdadeira veracidade, esta noite a polícia deteve 4 indivíduos que supostamente tinham sido contratados (sem ser dito pró quem) para colocar bombas artesanais na manifestação do PAD de modo a causar pânico já que a sua potência era extremamente reduzida.
Abhisit mais uma vez caminhando sobre um fio quase invisível e sem rede.
Em 2008 o PAD-amarelo manifestou-se durante 192 dias consecutivos, destruiu a totalidade dos jardins e zonas adjacentes da Government House e várias parte no interior de vários edifícios no complexo terminando a sua campanha com a ocupação dos dois aeroportos da capital. Nessa altura atingiu o seu objectivo de fazer cair o governo pró-Thaksin de Somchai Wongsawat, embora este tenha acabado por ceder devido a uma decisão judicial que dissolveu o partido que o sustentava.
Hoje o PAD iniciou uma nova manifestação com o objectivo de depor o governo que ajudou a colocar no poder e no qual têm assento alguns dos apoiantes daquela campanha de 2008, como o Ministro dos Negócios Estrangeiros Kasit Piromya. Segundo a polícia estarão no local cerca de 2.000 manifestantes.
O General Chamlong, um dos mais proeminentes líderes do movimento já anunciou que não abandonarão o local enquanto o governo não ceder, ou seja se demitir ou aceder aos pedidos do agrupamento. Contudo uma das suas facções, os ditos Patriotas (?) dizem que mesmo que o governo aceite as suas reivindicações o objectivo é a queda de Abhisit.
O PAD reclama os seguintes três pontos:
- Anulação do Memorando de Entendimento de 2000 que regula as questões fronteiriças com o Camboja
- Saída da Tailândia do Conselho da UNESCO que rege o Património da Humanidade
- Expulsar todos os civis e militares cambojanos que actualmente se encontram a viver ou estacionados nos 4,6 km quadrados em redor do templo de Phrae Viharn e que é terreno disputado por ambos os países.
Abhisit já disse NÃO a todos os pontos referindo que no primeiro ponto a existência do memorando é uma garantia de que não é através da força armada que a questão se resolve. Sem ele não resta outra alternativa do que o recurso á força armada para dirimir a disputa. O segundo viria a ter consequências graves nos muitos locais classificados na própria Tailândia e o terceiro é uma declaração de guerra que não se deseja.
Espera-se agora ver o desenvolvimento da manifestação sabendo-se que há pouca possibilidade de ela ganhar a dimensão da anterior campanha.
Entretanto a UDD-vermelha tem continuado a manifestar-se com grande civismo e ordeiramente ganhando desta maneira a simpatia de muitos que vêem com agrado a conduta do movimento agora liderado por uma mulher a esposa do Dr. Weng, Thida Thawornseth que se encontra como outros líderes ainda em detenção preventiva (!). Do lado vermelho temos hoje também uma pequena manifestação de um dos seus sub grupos mas pelo seu passado será mais uma vez um ajuntamento pacífico e não muito numeroso.
Entretanto, ainda sem se saber bem quem comandou ou a sua verdadeira veracidade, esta noite a polícia deteve 4 indivíduos que supostamente tinham sido contratados (sem ser dito pró quem) para colocar bombas artesanais na manifestação do PAD de modo a causar pânico já que a sua potência era extremamente reduzida.
Abhisit mais uma vez caminhando sobre um fio quase invisível e sem rede.
1 comentário:
Não vou fazer comentários à totalidade do texto (bem elaborado), mas apenas ao parágrafo que refere o General Chamlong, no propósito de não abandonar o local enquanto o Governo não ceder.
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Bom, o General Chamlong, vegetariano, pratica o celibato e um protector de cães vadios, que conserva, uns milhares, numa sua propriedade na província de Kanchanburi, já levou a cabo protestos, semelhantes, e o de maior vulto, aconteceu no ano de 1992, que viria a causar (nunca se soube ao certo o número de vítimas, nem ninguém foi julgado) distúrbios, sociais, que ainda hoje não estão sarados.
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Não se entende o que General Chamlong pretende levar a cabo, na idade de ancião, mas neste caso, entende-se, a continuação de destabelizar a Tailândia.
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Para muitos tailandeses Chamlong foi um herói, mas hoje bem se pode considerar um vilão.
Olho vivo
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