O ex PM Samak Sundaravej faleceu esta manhã em Bangkok depois de uma longa luta contra o cancro que acabou por perder.
Nascido em 13 de Junho de 1935 era filho de um alto funcionário público, sempre importantes figuras no sistema político tailandês. Durante a crise económica dos anos 20/30 o seu Pai perdeu a maior parte de sua fortuna e teve de lutar por manter a família pelo que a infância de Samak foi marcada pela luta por uma vida melhor. Foi nessa altura que desenvolveu o grande gosto, e necessidade, pela cozinha tornando-se um conhecido “chefe”, facto que o levou “à glória” da televisão e “à derrota” nos tribunais.
Samak cursou direito na Universidade de Thammassat e teve vários empregos, inclusive trabalhando na representação diplomática de Israel em Bangkok, antes de se dedicar à política.
Em 1968 ingressou nas fileiras do partido Democrata e foi eleito para o Conselho Municipal de Bangkok. Chegou a Deputado em 1975, também por Bangkok, distrito de Dusit. A sua primeira função governamental foi a de Secretário de Estado do Interior de Abril a Setembro de 1976 (tempo de Seni Pramoj como PM). Já nessa altura começava a ser uma voz sempre ácida o que lhe valeu não ser renomeado para o segundo gabinete de Seni.
Samak foi um elemento importante do movimento de direita que em Outubro de 1976 esteve envolvido no incidente conhecido como o massacre de Thammassat, quando um número nunca bem definido de estudantes de esquerda foi mortos junto à Universidade quando se manifestavam requerendo a liberalização do regime. Samak nessa ocasião apoiou, ao que consta, uma estação de rádio que apelava à morte desses “comunistas apoiantes do regime do Vietname”. Na realidade o seu papel não passou desse apoio e o ano passado ganhou duas causas em Tribunal contra um jornal e um académico tailandês que o acusavam de participação no “massacre”
A sua ligação aos movimentos de direita ficaram bem ilustrados pela sua acção como Ministro do Interior no gabinete de Thanin Kraivixien, que não deixou boas memórias devido aos métodos repressivos da sua governação. Durante esse tempo Samak mandou fechar todas as estações de rádio que se opunham ao regime.
Ainda nesse ano de 1976 abandona o Partido Democrata
Em 1979 volta à politica partidária e forma o seu próprio partido, o Prachakorn (o partido do povo) e através da forma aberta e directa dos discursos de Samak o partido obtêm uma grande vitória nas eleições, principalmente em Bangkok, onde 32 dos seus 43 candidatos são eleitos.
Em 1983 Samak é nomeado Ministro dos Transportes no governo do General Prem (o actual presidente do Conselho Privado do Rei), mas mais uma vez a sua forma “vigorosa” de fazer política faz com que não seja novamente nomeado Ministro no segundo governo do General e aí começaram as diferenças entre os dois.
Volta ao governo com o PM Chatichai Choonhavan, em 1988 e em 1992 o seu partido é um dos que apoio a formação do governo do, não eleito, General Suchinda Kraprayoon, governo que ficou marcado pelos incidentes do “Maio negro” quando os militares atiraram a matar sobre as pessoas que se manifestavam em Ratchadamnoen a grade avenida no centro de Rathanakosin.
Afastado por alguns tempos regressou em 2001 quando se candidatou a Governador de Bangkok e, apesar de um reduzido orçamento, ganhou com grande vantagem o posto contra Sudarat Keyurapan a candidata do partido de Thaksin o Thai Rak Thai.
Em 2007 é nomeado líder do Palang Prachachon Party (PPP), o novo partido de Thaksin que concorre às eleições após o golpe de estado de 2006, que vem a ganhar, e Samak assume o cargo de Primeiro-Ministro.
Samak nunca perdeu o seu gosto pela cozinha e continuou ao longo dos anos a ter um programa na televisão onde mostrava os seus dotes na arte.
Foi esse programa, e uma decisão, por demasiado controversa do Tribunal Constitucional, que o levou à demissão do cargo no final de Setembro de 2008.
A própria sentença que o condena não consegue provar que o, então PM, tivesse obtido algum ganho pessoal com o programa visto que o que ficou provado era que o seu motorista recebia por cada programa a quantia de 5.000 bath (cerca de 100 Euros) para as despesas com os ingredientes necessários ao programa. Mesmo assim o juiz considerou que havia uma violação da lei visto um Membro do Governo não poder ter outras ocupações remuneradas enquanto exerce o seu cargo e assim Samak saiu de cena não devido ás acções do PAD mas través daquilo que foi considerado o primeiro acto de um golpe de estado judicial levado a efeito para retirar da governação o partido de Thaksin que tinha ganho as eleições em 23 de Dezembro de 2007.
Interessante notar que Samak foi, como a grande maioria dos políticos na Tailândia, parceiro de luta de quase todos os diferentes campos: Prem, Thaksin, Democratas, etc.
Já em Outubro de 2008 Samak rumou aos Estados Unidos para receber tratamento médico quando foi anunciado de que padecia de um cancro no fígado que o levou pelas 9.33 desta manhã 24 de Novembro.
Nascido em 13 de Junho de 1935 era filho de um alto funcionário público, sempre importantes figuras no sistema político tailandês. Durante a crise económica dos anos 20/30 o seu Pai perdeu a maior parte de sua fortuna e teve de lutar por manter a família pelo que a infância de Samak foi marcada pela luta por uma vida melhor. Foi nessa altura que desenvolveu o grande gosto, e necessidade, pela cozinha tornando-se um conhecido “chefe”, facto que o levou “à glória” da televisão e “à derrota” nos tribunais.
Samak cursou direito na Universidade de Thammassat e teve vários empregos, inclusive trabalhando na representação diplomática de Israel em Bangkok, antes de se dedicar à política.
Em 1968 ingressou nas fileiras do partido Democrata e foi eleito para o Conselho Municipal de Bangkok. Chegou a Deputado em 1975, também por Bangkok, distrito de Dusit. A sua primeira função governamental foi a de Secretário de Estado do Interior de Abril a Setembro de 1976 (tempo de Seni Pramoj como PM). Já nessa altura começava a ser uma voz sempre ácida o que lhe valeu não ser renomeado para o segundo gabinete de Seni.
Samak foi um elemento importante do movimento de direita que em Outubro de 1976 esteve envolvido no incidente conhecido como o massacre de Thammassat, quando um número nunca bem definido de estudantes de esquerda foi mortos junto à Universidade quando se manifestavam requerendo a liberalização do regime. Samak nessa ocasião apoiou, ao que consta, uma estação de rádio que apelava à morte desses “comunistas apoiantes do regime do Vietname”. Na realidade o seu papel não passou desse apoio e o ano passado ganhou duas causas em Tribunal contra um jornal e um académico tailandês que o acusavam de participação no “massacre”
A sua ligação aos movimentos de direita ficaram bem ilustrados pela sua acção como Ministro do Interior no gabinete de Thanin Kraivixien, que não deixou boas memórias devido aos métodos repressivos da sua governação. Durante esse tempo Samak mandou fechar todas as estações de rádio que se opunham ao regime.
Ainda nesse ano de 1976 abandona o Partido Democrata
Em 1979 volta à politica partidária e forma o seu próprio partido, o Prachakorn (o partido do povo) e através da forma aberta e directa dos discursos de Samak o partido obtêm uma grande vitória nas eleições, principalmente em Bangkok, onde 32 dos seus 43 candidatos são eleitos.
Em 1983 Samak é nomeado Ministro dos Transportes no governo do General Prem (o actual presidente do Conselho Privado do Rei), mas mais uma vez a sua forma “vigorosa” de fazer política faz com que não seja novamente nomeado Ministro no segundo governo do General e aí começaram as diferenças entre os dois.
Volta ao governo com o PM Chatichai Choonhavan, em 1988 e em 1992 o seu partido é um dos que apoio a formação do governo do, não eleito, General Suchinda Kraprayoon, governo que ficou marcado pelos incidentes do “Maio negro” quando os militares atiraram a matar sobre as pessoas que se manifestavam em Ratchadamnoen a grade avenida no centro de Rathanakosin.
Afastado por alguns tempos regressou em 2001 quando se candidatou a Governador de Bangkok e, apesar de um reduzido orçamento, ganhou com grande vantagem o posto contra Sudarat Keyurapan a candidata do partido de Thaksin o Thai Rak Thai.
Em 2007 é nomeado líder do Palang Prachachon Party (PPP), o novo partido de Thaksin que concorre às eleições após o golpe de estado de 2006, que vem a ganhar, e Samak assume o cargo de Primeiro-Ministro.
Samak nunca perdeu o seu gosto pela cozinha e continuou ao longo dos anos a ter um programa na televisão onde mostrava os seus dotes na arte.
Foi esse programa, e uma decisão, por demasiado controversa do Tribunal Constitucional, que o levou à demissão do cargo no final de Setembro de 2008.
A própria sentença que o condena não consegue provar que o, então PM, tivesse obtido algum ganho pessoal com o programa visto que o que ficou provado era que o seu motorista recebia por cada programa a quantia de 5.000 bath (cerca de 100 Euros) para as despesas com os ingredientes necessários ao programa. Mesmo assim o juiz considerou que havia uma violação da lei visto um Membro do Governo não poder ter outras ocupações remuneradas enquanto exerce o seu cargo e assim Samak saiu de cena não devido ás acções do PAD mas través daquilo que foi considerado o primeiro acto de um golpe de estado judicial levado a efeito para retirar da governação o partido de Thaksin que tinha ganho as eleições em 23 de Dezembro de 2007.
Interessante notar que Samak foi, como a grande maioria dos políticos na Tailândia, parceiro de luta de quase todos os diferentes campos: Prem, Thaksin, Democratas, etc.
Já em Outubro de 2008 Samak rumou aos Estados Unidos para receber tratamento médico quando foi anunciado de que padecia de um cancro no fígado que o levou pelas 9.33 desta manhã 24 de Novembro.
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