terça-feira, 25 de agosto de 2009

Militares a Subir


Ontem em Phnom Penh, os Comandantes em Chefe do Camboja e da Tailândia, encontraram e terminaram com afirmações que são um grande alívio para as disputas constantes entre os dois países, especialmente sobre o templo de Prasat Khao Phrae Viharn e a fronteira adjacente.

Songkitti Jaggabantra, o Comandante Supremo tailandês afirmou, após a reunião, que “queria clarificar que não haverá mais problemas entre os dois países. A fronteira não será palco de mais disputas”. Ao que o General Pol Sarnoen, do lado Cambojano, retorquiu” nós temos a mesma visão. O nosso objectivo é a paz e a solidariedade entre os dois países irmãos”.

Este encontro e estas declarações vêm dois dias depois de o Camboja unilateralmente ter anunciado uma redução dos efectivos militares na zona..

Desde Junho de 2008 que os conflitos, que existem ao longo dos séculos devido à deficiente demarcação fronteiriça, se agudizaram e nos encontros que entretanto aconteceram, e que relatei, morreram, pelo menos, sete soldados de cada lado para além de varios feridos.

Existe uma comissão encarregada de fazer os trabalhos de demarcação da fronteira mas tal comissão tem sido totalmente ineficaz pois depende da vontade política dos líderes de ambos os países e tal tem estado ausente.

Onde os políticos têm falhado os militares agora conseguiram criar algum espaço de diálogo fundamental e necessário para qualquer futuro desenvolvimento.

Recorde-se as duas visitas feitas a Phnom Penh por Kasit e por Suthep, anunciadas com grande pompa e expectativas na comunicação social antes da sua realização e que nada trouxeram a não ser alguma humilhação para a Tailândia que veio de lá de mãos completamente vazias e com algum aspecto de terem levado com a porta na cara.

Os comandos militares reuniram-se sem comunicação social e sem prévio aviso para fora e resultou.

Os próximos passos serão importantes nesta questão crucial visto tratar-se de dois países vizinhos, entre os quais as trocas comerciais e as movimentações de pessoas são constantes, membros da ASEAN e que têm “ a obrigação” de viver em harmonia para bem deles, da região e da Associação onde se inserem.

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