Na semana passada passou mais um Songrkran, o ano novo tailandês também conhecido como o Festival da Água, água purificadora, e como sempre, para além dos feriados e paragem que tais festividades provocam, houve motivos de sobra para comentar o acontecido.
Os dois últimos Songkran foram, infelizmente, marcados pela violência trazida pelas manifestações vermelhas, mas o deste ano mostrou de novo a faceta de animação que deve caracterizar este momento do ano.
Para além das festividades há sempre o drama dos acidentes de automóveis nos quais perdem a vida muitos tailandeses. Este ano os números foram ligeiramente mais baixos, 3.215 acidentes, mas mesmo assim inaceitáveis visto terem morrido no curto espaço de 6 dias 271 pessoas e ficado feridas 3.476 alguns dos quais por certo virão a falecer ou ficar incapacitadas para sempre.
Este é o eterno problema, não só aqui, da mistura explosiva do álcool com a condução de veículos.
Contudo este ano houve um incidente que dominou todas as manchetes dos jornais e que de acordo com um muito bem escrito artigo de fundo no Bangkok Post mostra a hipocrisia de uma certa parte da sociedade tailandesa, infelizmente da classe que de uma forma ou outra controla e detêm o poder.
O incidente resume-se ao facto de ter havido três raparigas, com idades entre os 14 e 16 anos, que no auge da loucura que se apodera de muitos durante aquelas festividades subiram para o cimo de um carro e dançaram com o peito descoberto.
Tal facto levou a que o director do distrito de Bangrak, onde tal aconteceu, o mesmo distrito onde se situam todos os clubes de Patpong e vizinhanças onde muito pior se passa, apresentasse uma queixa na polícia contra o "acto obsceno e imoral" das raparigas que estariam, no seu entender, a dar uma má imagem da Tailândia ao mundo.
Note-se que o Ministério da Cultura tinha (refiro o passado pois subtilmente foi retirado ontem) no seu sítio de internet a aguarela de Somphop Butrach (figura acima), alusiva à festividade do Songkran e que mostrava exactamente três dançarinas com vestidos tradicionais tailandeses, mas de peito descoberto, a saudarem a chegada do novo ano tailandês.
O artigo de Pichai, o Editor Chefe do Bangkok Post, que vale a pena ler, põe a nu a hipocrisia de actos como os levados a cabo pelas autoridades que "branqueiam as mesma práticas que condenam práticas essas que desfilam bem debaixo dos seus narizes".
Os dois últimos Songkran foram, infelizmente, marcados pela violência trazida pelas manifestações vermelhas, mas o deste ano mostrou de novo a faceta de animação que deve caracterizar este momento do ano.
Para além das festividades há sempre o drama dos acidentes de automóveis nos quais perdem a vida muitos tailandeses. Este ano os números foram ligeiramente mais baixos, 3.215 acidentes, mas mesmo assim inaceitáveis visto terem morrido no curto espaço de 6 dias 271 pessoas e ficado feridas 3.476 alguns dos quais por certo virão a falecer ou ficar incapacitadas para sempre.
Este é o eterno problema, não só aqui, da mistura explosiva do álcool com a condução de veículos.
Contudo este ano houve um incidente que dominou todas as manchetes dos jornais e que de acordo com um muito bem escrito artigo de fundo no Bangkok Post mostra a hipocrisia de uma certa parte da sociedade tailandesa, infelizmente da classe que de uma forma ou outra controla e detêm o poder.
O incidente resume-se ao facto de ter havido três raparigas, com idades entre os 14 e 16 anos, que no auge da loucura que se apodera de muitos durante aquelas festividades subiram para o cimo de um carro e dançaram com o peito descoberto.
Tal facto levou a que o director do distrito de Bangrak, onde tal aconteceu, o mesmo distrito onde se situam todos os clubes de Patpong e vizinhanças onde muito pior se passa, apresentasse uma queixa na polícia contra o "acto obsceno e imoral" das raparigas que estariam, no seu entender, a dar uma má imagem da Tailândia ao mundo.
Note-se que o Ministério da Cultura tinha (refiro o passado pois subtilmente foi retirado ontem) no seu sítio de internet a aguarela de Somphop Butrach (figura acima), alusiva à festividade do Songkran e que mostrava exactamente três dançarinas com vestidos tradicionais tailandeses, mas de peito descoberto, a saudarem a chegada do novo ano tailandês.
O artigo de Pichai, o Editor Chefe do Bangkok Post, que vale a pena ler, põe a nu a hipocrisia de actos como os levados a cabo pelas autoridades que "branqueiam as mesma práticas que condenam práticas essas que desfilam bem debaixo dos seus narizes".
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