segunda-feira, 1 de março de 2010

Ainda o Julgamento

Dois dias depois do veredicto sobre os bens de Thaksin começam agora a discutir-se de uma forma mais calma, as questões legais em volta do caso e as consequências, também legais, que poderão ocorrer.

A decisão dos Juízes foi práticamente unanime sobre todas as questões em discussão.

Primeiro se Thaksin tinha ou não utilizado esquemas para esconder a real titularidade dos seus bens. Segundo sobre o eventual abuso de poder durante o tempo que esteve à frente do Governo e posteriormente sobre a consfiscação ou não dos bens.

Outra questão que vem agora a público é o conteúdo de alguns depoiamentos contra Thaksin, alguns deles com grande valor, como o do Ex Ministro dos Negócios Estrangeiros, Surakiat, que terá avisado Thaksin repetidamente sobre o caso do empréstimo feito pelo Exim Bank ao Governo da Birmânia para compra de serviços de telecomunicações e que beneficiou directamente as empresas de Thaksin. Esse empréstimo foi concedido em condições mais vantajosas e devido ás pressões do Governo o que é uma clara prática de abuso de poder.

Outros testemunhos são menos importantes e mesmo dificeis de compreender, do ponto de vista juridico, já que são produzidos por pessoas que estiveram envolvidas na investigação e portanto já mostraram o seu ponto de vista de uma forma formal e concertada.

A questão agora mais importante é o conjunto de casos criminais que se poderão seguir devido às decisões e possiveis certidões que deverão vir a ser extraídas do processo que agora terminou.

A comunicação social começa já a criar casos falando-se mesmo que os prejuízos causados por Thaksin ao estado foram de centenas de milhões de milhões de euros e, se assim proseguir, a batalha jurídica vai ser acesa, embora sejam conhecidas as insuficiências e fraquezas do sistema jurídico e legal existente.

Entretanto do ponto de vista político a calma impera no momento sendo esperado para meados do mês alguma reacção dos seus apoiantes da UDD. Esta vai reunir-se por todo o país a partir do dia 5 em Korat, para decidir qual a acção que vão tomar em mais uma "batalha final" na luta contra o governo. Já o PAD anunciava constantemente batalhas finais para derrubar o governo que afinal acabou por cair por força da acção dos Tribunais.

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