Não estando em Bangkok não tenho seguido a situação muito de perto embora a minha caixa de correio esteja cheia de informações que os amigos me enviam de lá.
Ainda há poucos uma amiga minha, quando eu lhe dizia que regressava a 15 dizia esperar que o aeroporto não fosse de novo bloqueado.
Não me parece que a fase actual da luta amarela-vermelha veja a repetição daquilo que aconteceu em Dezembro.
A luta neste momento está muito mais centrada nos fundamentos do estado tailandês e nas suas figuras representativas.
Há já quem chame a esta a luta final de Thaksin. Como um cão acossado e acantonado ladra e a todos ameaça morder e vai incendiando os que lhe estão próximos. E o que fazem aqueles que poderiam domar essa besta como ele próprio disse recentemente ser, Um "cão doméstico" e domesticável.
A luta de Thaksin é a luta pelos seu 2.2 mil milhões e pelo eterno desejo de voltar ao poder. Para além disso tornou-se numa luta por uma nova Tailândia onde os alvos principais são os Conselheiros Privados do Rei, envolvidos, como sempre se soube, no golpe que derrotou o fugitivo ex PM em 2006,e de entre eles o seu Presidente a "mão invisível" de todas as manobras políticas como sempre tem sido considerado e desde há já muito tempo.
A situação está quente e ao rubro, como é a cor da UDD, e fazerem-se previsões é difícil e por certo falível.
Abhisit entretanto tenta ver passada esta "batalha final" de Thaksin e se assim o conseguir pode vir a manter-se no poder mas porventura ainda mais "hipotecado" a Nevin que ontem fez um lancinante e teatral apelo para que o seu antigo patrão, Thaksin, pare de atacar, aquilo que ele diz ser um ataque à monarquia.
Songrkan, o ano novo tailandês, o festival da água, aproxima-se e por certo vai trazer algum espaço para se respirar e pode ser que a água que se usa para molhar as pessoas arrefeça os ânimos e os humores acalmem-se já que a verdadeira solução para os problemas políticos que o país enfrenta são mais complexos do que a própria situação.
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