sábado, 10 de abril de 2010
Abhisit na Televisão
A Triste Situação
O Ataque sobre a UDD
Sabado 10
Últimos desenvolvimentos
sexta-feira, 9 de abril de 2010
PTV no Ar
O governo acedu aos pedidos dos manifestantes com a condição de que estes abandonassem o recinto.
Entretanto o PAD voltou a aparecer mas desta vez também manifestando-se contra o governo por este ter capitulado com os pedidos dos vermelhos. Afirmaram ir bloquear uma outra importante intersecção em Bangkok, Ratchatewi.
Difícil de agradar a todos
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A UDD afirmou que não abandona o local enquanto o sinal não for restabelecido.
Na aproximação forças militares usaram gás lacrimogéneo e canhões de água, mas acabaram por abandonar as instalações fugindo pelos campos adjacentes, como se via na televisão, isto perante filas de camisas vermelhas.
Torna-se por vezes difícil de entender como é que 7.000 militares treinados e equipados para deter os manifestantes se deixam "vencer" por umas centenas de manifestantes que acabam por os expulsar, e de uma forma pouco digna como se via, e apreender o material que os equipava, incluíndo armas. Este é um perigoso sinal.
Fala-se muito por aqui em "melancias" e o facto de os soldados e manifestantes se saudarem uns aos outros com garnde fraternidade pode ser disso um sinal.
Sabe-se agora que houve 13 feridos durante a ocupação do complexo pela UDD. Os feridos são 3 guardas de segurança e 10 manifestantes. Tal ao que parece deveu-se a cortes com o arame farpado.
Há minutos, um dos líderes da UDD com mandado de captura, anunciou que se o governo não desse ordens para restaurar o sinal do PTV, tomariam de assalto a sede do governo de Nonthaburi, a província mais próxima. Entretanto sucedem-se manifestações um pouco por todo o país.
Esta forma de actuar da UDD pode ser o princípio do fim deles pois ao dispersarem as "tropas" por muitos locais perdem a capacidade de pressão que um conjunto grande lhes permite manter.
Muito provávelente os militares preparam-se para conquistar a posição de Rajaprasong já que os comerciantes ambulantes da zona foram avisados para sairem.
Lá diz o ditado - Quem tudo quer tudo perde!
Sexta-feira
O corte de comunicações da comunidade vermelha, televisão, rádios e internet, acabou por ter o efeito contrário e mais pessoas vieram juntar-se na manifestação em Rajaprasong.
Quer a associação dos Jornalistas quer a dos Operadores de Televisão por Cabo já se manifestaram contra a decisão e continua a haver informações contraditórias sobre se a estação televisiva está no ar ou não. Como não sou subscritor não o posso confirmar mas penso que estará calada visto o grosso da manifestação estar neste preciso momento em movimento para a sede da companhia que transmitia o sinal.
Há pouco no palco de Rajaprasong, um antigo Ministro de Thaksin afirmava que tinha sido um dos maiores erros de Abhisit o fazer com que militares apontassem as carabinas a uma empresa privada para que cortasse o sinal, mas esqueceu-se que durante o Estado de Emergência isso é possível.
Como referi uma caravana de cerca de 5.000 motos, seguida por 300 camionetas e alguns camiões está em movimento para a sede da Thaicom (curiosamente uma empresa que pertencia a Thaksin no passado), em Pathum Thani ao norte de Bangkok. Entretanto o Comité de Emergência, presidido por Suthep, emitiu uma ordem declarando o local como zona proibida de acordo com o articulado da Lei de Emergência. Actualmente estão 7.000 militares na protecção ás instalações.
Será assim mais um acto de desobediência à lei por parte de UDD.
Entretanto foram presos dois guardas da UDD, mas o movimento reclama que eles são infiltrados pois não possuem o respectivo cartão de identificação, que transportavam aquilo que parecia ser cocktails molotov. Estão a ser interrogados na estação da polícia de Ratchatewi.
O porta-voz do governo Dr. Panittan lançou um aviso aos estrangeiros, visitantes e residentes, para que evitem as zonas onde ocorrem as manifestações, o que é entendido como um prenúncio de possíveis avanços militares. Contudo posso afirmar que um amigo meu, membro do gabinete de um dos Vice Primeiro-Ministros, chama a Panittan o Dr Panican e já ontem o Professor de Chulalongkorn, Suthi, colega de Panittan, dizia que a inexperiência deste era uma das razões das constantes informações erradas vindas do lado do governo e que só criavam pânico e confusão.
Há poucos momentos o Tribunal confirmou terem sido emitidos mandados de captura contra 17 dos líderes da UDD, incluindo Veera Musikapong.
Curiosamente hoje o Bangkok Post mostrava as 7 medidas que seriam usadas pelo governo: 1) demonstração de força, 2) utilização de sons estridentes, 3) canhões de água, 4) carga com os escudos, 5) cargas com bastões, 6) gás lacrimogéneo e pimenta, e 7) balas de borracha.
O Coronel Samsern confirmou há minutos que mais 30.000 militares foram colocados de prevenção para o caso de serem necessários, o que elevaria o contingente para 90.000 na grande Bangkok!
quinta-feira, 8 de abril de 2010
2005 - 2010
Quinta-feira
A noite passou-se contudo calma sem incidentes entre os manifestantes e as forças armadas embora o ambiente continue tenso.
Os únicos incidentes foram dois ataques perpetrados com M-16 contra, o primeiro a sede do partido da Nova Política (NPP), o braço político do PAD, e posteriormente contra a empresa TPI, empresa cujo dono Prachai Leopairattana é um conhecido apoiante do partido Democrata e que está envolvida no caso dos 258 milhões doados ao partido de Abhisit.
No primeiro caso houve um guarda que ficou ferido no ombro e está internado no hospital. Mais uma vez, e apesar de todo o aparato policial e militar e de edifícios como o do NPP deverem estar guardados, não foi identificado ninguém. Começa a ser preocupante que todos os dias aconteçam lançamentos de granadas e agora rajadas de metralhadora e nunca ninguém consiga ser identificado como autor isto, repito, apesar de estarem na capital 60.000 homens a, supostamente, guardar a cidade e a garantir a segurança dos cidadãos. De igual modo foi lançada uma granada para dentro do quartel general do exército engenho que estihaçou os vidros do gabinete do General Anupong. É ainda mais incompreensível entender-se como é possível atacar, pela terceira vez, a segunda foi hoje mesmo às 11 da manhã, o próprio centro de comando do exército.
Entretanto o Ministro da Defesa, Prawit, disse já esta manhã, que o governo não utilizará a força contra os manifestantes. Presume-se assim que esperam vencer "a vermelhada" pelo cansaço, o que não me parece uma boa estratégia. A UDD já convocou as "massas" para uma nova demonstração de força e ainda esta manhã no caminho para o trabalho vi bastantes vermelhos animados e empenhados.
Na sequência do corte de emissões da estação de televisão da UDD, PTV, ordenado por Abhisit, os governos provinciais em varias cidades, incluíndo Pattaya, local normalmente sempre fora destas manifestações, foram cercados e com este acto os manifestantes conseguiram que o sinal fosse reestabelecido pouco depois. mais tarde o sinal foi de novo cortado e a UDD ameaça agora invadir todos os governos distritais ao mesmo tempo que dizem ir invadir os estúdios da ASTV (a televisão do PAD) e fechar a estação pois se uma não emite o mesmo tem de se passar com as outras. Entretanto as rádios vermelhas foram também caladas.
Este movimento cortando a comunicação aos vermelhos está a fazer crescer o número de pessoas em Rajaprasong e a aquecer os ânimos no local.
A situação parece cada vez mais tensa e as próximas horas vão ser decisivas para se entender quem efectivamente faz o quê. Os rumores são muitos mas as certezas poucas.
Abhisit cancelou a participição na cimeira da ASEAN, no Vietname, actual presidente, e a programada visita aos Estados Unidos.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Notas à Noite
Estado de Emergência.
Ultimatum a Abhisit?
O Conselho dos Anciãos
O General Anupong, rejeitou a declaração do Primeiro Ministro Abhisit, para "usar todas as medidas necessárias", dizendo que não se justifica que o exército use a força para fazer dispersar os manifestantes, posição semelhante à que teve aquando o PAD ocupou o aeroporto e o exército se recusou sequer a mobilizar-se para uma mostra de força apesar dos pedidos do PM de então, Somchai, e do governador de Samut Phrakan.