quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quinta-feira

Depois dos condenaveis actos de agressões e invasão do Parlamento pelos vermelhos, igual ao que foi feito pelo PAD no dia 6 de Outubro de 2008, mas esquecido por muitos, o PM decretou o Estado de Emergência e temia-se que os militares avançassem sobre a multidão concentrada no centro de Bangkok.

Durante a invasão do recinto do Parlamento, a polícia viu-se completamente ultrapassada pelos manifestantes que os empurraram acabando por entrar sem grande resistência. Nesse processo os vermelhos apoderaram-se de duas armas, uma metralhadora e um revolver, mostrando-as a todos para provar que dentro do edifício havia armas. Não necessitavam de tal pois a melhor ajuda foi dada por um Deputado Democrata que empunhando uma metralhadora debaixo do casaco escoltava Suthep quando ele fugia, conjuntamente com Abhisit, para um helicoptero que os levou de volta ao Regimento 11 de Infantaria. Abhisit mostrava-se particularmemte irritado.


A noite passou-se contudo calma sem incidentes entre os manifestantes e as forças armadas embora o ambiente continue tenso.

Os únicos incidentes foram dois ataques perpetrados com M-16 contra, o primeiro a sede do partido da Nova Política (NPP), o braço político do PAD, e posteriormente contra a empresa TPI, empresa cujo dono Prachai Leopairattana é um conhecido apoiante do partido Democrata e que está envolvida no caso dos 258 milhões doados ao partido de Abhisit.

No primeiro caso houve um guarda que ficou ferido no ombro e está internado no hospital. Mais uma vez, e apesar de todo o aparato policial e militar e de edifícios como o do NPP deverem estar guardados, não foi identificado ninguém. Começa a ser preocupante que todos os dias aconteçam lançamentos de granadas e agora rajadas de metralhadora e nunca ninguém consiga ser identificado como autor isto, repito, apesar de estarem na capital 60.000 homens a, supostamente, guardar a cidade e a garantir a segurança dos cidadãos. De igual modo foi lançada uma granada para dentro do quartel general do exército engenho que estihaçou os vidros do gabinete do General Anupong. É ainda mais incompreensível entender-se como é possível atacar, pela terceira vez, a segunda foi hoje mesmo às 11 da manhã, o próprio centro de comando do exército.

Entretanto o Ministro da Defesa, Prawit, disse já esta manhã, que o governo não utilizará a força contra os manifestantes. Presume-se assim que esperam vencer "a vermelhada" pelo cansaço, o que não me parece uma boa estratégia. A UDD já convocou as "massas" para uma nova demonstração de força e ainda esta manhã no caminho para o trabalho vi bastantes vermelhos animados e empenhados.

Na sequência do corte de emissões da estação de televisão da UDD, PTV, ordenado por Abhisit, os governos provinciais em varias cidades, incluíndo Pattaya, local normalmente sempre fora destas manifestações, foram cercados e com este acto os manifestantes conseguiram que o sinal fosse reestabelecido pouco depois. mais tarde o sinal foi de novo cortado e a UDD ameaça agora invadir todos os governos distritais ao mesmo tempo que dizem ir invadir os estúdios da ASTV (a televisão do PAD) e fechar a estação pois se uma não emite o mesmo tem de se passar com as outras. Entretanto as rádios vermelhas foram também caladas.

Este movimento cortando a comunicação aos vermelhos está a fazer crescer o número de pessoas em Rajaprasong e a aquecer os ânimos no local.

A situação parece cada vez mais tensa e as próximas horas vão ser decisivas para se entender quem efectivamente faz o quê. Os rumores são muitos mas as certezas poucas.

Abhisit cancelou a participição na cimeira da ASEAN, no Vietname, actual presidente, e a programada visita aos Estados Unidos.

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