quarta-feira, 7 de abril de 2010

Notas à Noite

Acabei de dar uma volta pela cidade e pode dizer-se que está calma a não ser a zona próxima da intersecção controlada pela UDD.

A zona que vai de Petchaburi, Chitlon, Langsuan, Rajadamri, Rajaprasong e Rama I estão bloqueadas pelos guardas vermelhos e são este que estão a controlar e dirigir o trânsito. Na intersecção de Ploenchit com a Witthayu estão montadas vedações par impedir os carros de aí entrarem embora "carro vermelho" tenha permissão de passar.

A ordem neste "estado vermelho" é imposta pelos militantes da causa e não pela polícia. A não ser na esquadra de Lumpini não vi nenhum polícia. Aí sim um grande aparato de material circulante, estes também a bloquearem uma das vias centrais a as duas laterais.

Na zona da estátua de Rama VI em Lumpini estão também concentrados um grande número de "vermelhos" e em Silom sente-se um clima pouco "saudável".

Por toda a zona da cidade por onde andei, Rama IV, Klong Toey, Asoke, Petchaburi. Sukhunvit, e as já referidas vi muitos carros e motos transportando "vermelhos" por certo para se juntarem à multidão.

Não há sinais, visiveis, de nenhum avanço militar, e o posicionamento dos vários actores parece estar a ter lugar neste momento tendo aparecido há pouco na televisão segundos planos do exército mostrando o seu apoio ao Vice Suthep.

Falei também com uma mão cheia de jornalistas que tem estado a seguir os acontecimentos quer no local quer junto dos porta-voz, Panittan, Coronel Samsern e Sean, e a maioria entende que a declaração do Estado de Emergência foi uma forma de Abhisit devolver a bola para o campo dos militares depois das recusas em avançar expressadas quer por Songkitti quer por Anupong. Agora cabe a estes a próxima jogada.

Entretanto a UDD acusa Deputados do Partido no poder de hoje terem atirado duas granadas contra a multidão que estava a forçar a entrada no Parlamento. Os militares já disseram não ter sido eles que o fez restando assim na realidade poucos suspeitos do acto. Os dois engenhos, mostrados à comunicação social, não deflagraram e por sorte não feriram ninguém.

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